Preso na megaoperação da Polícia Federal nesta quinta-feira (15) que cumpriu mandados de busca e apreensão contra atos antidemocráticos, o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos), eleito presidente da Câmara de Vitória a partir do próximo ano, passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (16), mas continua preso. A defesa dele vai pedir a revogação da prisão.
Armandinho teve o pedido de prisão preventiva determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O pedido da prisão tinha sido feito pelo Ministério Público do Espírito Santo, que informou ao STF, no âmbito do inquérito das fake news, que Armadinho usava as redes sociais para incitar limite contra ministros da corte.
Além das manifestações individuais, o MP considerou que ele fazia parte de uma "milícia privada digital" envolvendo os outros alvos de mandado de prisão, como o jornalista Jackson Rangel – que está preso em Viana –, o pastor Fabiano Oliveira e o candidato a deputado estadual derrotado Max Pitangui (PTB).
Segundo a decisão, Armandinho fez várias críticas a ministros do STF em redes sociais, incitando, por exemplo, que fosse colocado "limite nesses bandidos togados" e dizendo que "vai ter enfrentamento sim, constitucional, pra não deixar esses vagabundos que sequer foram eleitos governarem o nosso país".
De acordo com informações do gabinete do vereador Armandinho, na audiência realizada nesta sexta foi averiguada a legalidade da prisão, mas o pedido de revogação que havia sido feito ainda não foi apreciado. A audiência foi feita por vídeo, com um juiz instrutor do STF.
A defesa do vereador informou acredita que a soltura ocorrerá logo pela "falta de elementos e desnecessidade da prisão, além da igualdade com os demais parlamentares que estão soltos".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta