O prefeito eleito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), afirmou que vai coordenar junto com o vice, Victor Linhalis (Solidariedade), a equipe de transição para a nova administração municipal. Arnaldinho afirmou em entrevista à Rádio CBN Vitória nesta segunda-feira (30) que também vai contar com a ajuda do prefeito de Viana, Gilson Daniel (Podemos), nesse processo.
"A gente tem dialogado com alguns nomes técnicos. Quem vai liderar a equipe de transição será eu e meu vice, o Vitor Linhalis. Também teremos a contribuição do prefeito de Viana, Gilson Daniel, que é especialista na área administrativa, junto com outros nomes que a gente está selecionando", afirmou.
Gilson Daniel também está incumbido de gerenciar a equipe de transição do prefeito eleito de Cariacica, Euclério Sampaio.
Um dia após o segundo turno, em que Arnaldinho venceu o atual prefeito Max Filho (PSBD) com 69,7% dos votos, o clima de disputa parece ainda não ter se dissipado. O eleito afirmou que os dois ainda não conversaram sobre o resultado do pleito ou sobre a passagem da administração da prefeitura, que deve ocorrer em exatos 31 dias.
Durante a campanha em Vila Velha, principalmente no segundo turno, os candidatos não economizaram ataques e provocações. Em debate promovido por A Gazeta, Arnaldinho chamou o atual prefeito de "Maxnóquio" enquanto Max o tratou como "candidato Red Bull".
Contudo, uma vez escolhido pelos eleitores, Arnaldinho pediu uma trégua, disse que "a eleição acabou" e que o momento é de ter uma cidade unida.
"Agora é a gente pensar na nossa população, no sofrimento que está passando a nossa cidade. Acredito que vai ter um lado democrático, que vai fornecer as informações que a gente está se espelhando para que possa começar dia primeiro com todas as informações para que as políticas continuem funcionando e nenhuma pare", pontuou.
Confira os principais trechos da entrevista de Arnaldinho Borgo para a Rádio CBN Vitória:
Vila Velha só tem 22% da população atendida pela estratégia da saúde da família. A nossa intenção é aumentar o número de agentes da família, colocar a saúde básica, que é a prevenção do problema, para funcionar. Assim, a gente vai conseguir diminuir a proliferação do coronavírus. Em um estudo que já fizemos, observamos que tem unidades de saúde que não atendem o número adequado de pacientes. A gente quer capacitar e aumentar o número de servidores para que haja o aumento do atendimento e da prevenção. A gente pode garantir que não vai colocar bloco de concreto pela praia, não vai desligar iluminação publica da orla nem das pracinhas das comunidades. Vamos fazer prevenção com campanha educativa, espalhando pela cidade postos pra fazer assepção das mãos com álcool em gel e fazer a prevenção.
Temos um projeto chamado Superação. Vai ser um Cras (Centro de Referência e Assistência Social) potencializado, maior do que o comum que é observado em qualquer cidade. Ele vai poder acolher maior número de pessoas e fazer o contra-turno escolar para acolher crianças e jovens, para não ficar na rua o dia todo. Nesse projeto, poderemos ofertar aula de futebol, judô, percussão, informática. Ainda dentro dele temos outro que é o Oportunidades, em que vamos acolher os pais, jovens recém formados, pessoas de meia idade, vamos dar capacitação para que eles consigam um emprego.
Temos a melhor guarda municipal do país que, infelizmente, está sucateada. A nossa proposta é fazer instalação do cerco eletrônico, que vai acabar ou reduzir drasticamente número de roubo de carros e motos. Vamos colocar para funcionar as 220 câmeras de videomonitoramento, que apenas 19% funcionam. Vamos dar capacitação para os nossos guardas, vamos dar EPI, comprar novas viaturas, fortalecer a patrulha escolar evitando que jovens sejam cooptados pela criminalidade. Vamos fazer relacionamento da guarda com as outras polícias. Dessa forma, a gente acredita muito que vai conseguir melhorar a segurança em Vila Velha. A segurança não se faz apenas com forças de segurança, mas também com o lado social. Com o projeto Superação a gente acredita muito que vai mudar a vida da nossa cidade e das pessoas em vulnerabilidade social.
A gente precisa entender como vai ficar curva de risco, o que os especialistas da saúde dizem sobre a contaminação. Não queremos expor ninguém ao risco. Queremos manter um diálogo permanente com especialistas em saúde, os professores, com os pais dos alunos, para que a gente possa colocar a melhor forma de ensino pra eles. A princípio, a gente acredita muito que as aulas podem ser dadas via um canal de televisão, porque nem todas crianças tem internet, tem um equipamento necessário em casa, um tablet ou celular. Também está planejado buscar parcerias com empresas que fazem fabricação de tablets para que possa estar fazendo um comodato. É muito complexo a gente falar que vai ser feito em um primeiro momento, mas é o nosso dever de transformar a cidade de Vila Velha em uma educação tecnológica, que é o futuro do pais.
A gente tem o Convento da Penha, que atrai o maior número de turistas do Espírito Santo. Mas, em contrapartida, tem o Parque da Prainha, que não tem nem banco pra sentar. Existe um projeto do Parque da Prainha, que nós vamos fazer captação de recurso. Temos também o desejo muito grande em levar infraestrutura para a Ponta da Fruta e nova Ponta de Fruta, que é um balneário lindíssimo, que já foi palco de grandes eventos, mas que ficou esquecido por mais de 30 anos. A orla da Ponta da Fruta não tem calçadão, iluminação, saneamento básico. Como a gente fala de turismo num lugar desse? Então a gente tem o desafio de dar infraestrutura, assim como o desafio de colocar a Ponte da Madalena no lugar.
A gente vai fazer interligação das ciclovias pela Darly Santos e Lindenberg, que hoje causam muitos acidentes. Está planejado fazer também ciclofaixas e ciclorrotas dentro da nossa cidade. Já temos diagnosticados quase todos os eixos. Temos também os ciclistas que pegam a estrada e vãoem pelotão. Queremos dar suporte para que eles estejam mais seguros, talvez até com batedor da guarda municipal em datas e dias específicos da semana.
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