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Arnaldinho fala em reurbanizar Praia da Costa e de planos para eleições de 2026

Arnaldinho fala em reurbanizar Praia da Costa e de planos para eleições de 2026

Prefeito reeleito de Vila Velha fala que município tem projeto para requalificar as orlas das praias da Costa, Itapuã e Itaparica e que vai discutir a proposta com os moradores a partir de janeiro de 2025

Publicado em 26 de dezembro de 2024 às 12:53

Ícone - Tempo de Leitura 16min de leitura
Arnaldinho Borgo, Prefeito de Vila Velha
Arnaldinho Borgo (Podemos), prefeito releeito de Vila Velha, concede entrevista após vitória nas eleições de 2024. (Fernando Madeira)

O prefeito de Vila VelhaArnaldinho Borgo (Podemos), atingiu um feito histórico nas eleições de 2024 ao se reeleger com 79,04% dos votos, tornando-se o mais votado de Vila Velha em 52 anos. Perto do fim do mandato, avalia que conseguiu levar infraestrutura a regiões da cidade que antes sofriam com a falta de saneamento básico e atenção do poder público. O chefe do Executivo municipal pretende, a partir de 2025, além de concluir os projetos em andamento, fazer o que considera "extraordinário".

O mandatário inclui, nessa visão, a reurbanização das orlas das praias da Costa, Itapuã e Itaparica. O projeto resultaria em retirar o sentido único da Avenida Gil Veloso, com a construção de mais uma pista, e expandir o calçadão. Para isso, seria necessário aumentar a faixa de areia hoje existente, sendo necessários estudos para o engordamento da praia e a construção de píeres. A entrevista com Arnaldinho faz parte de uma série de A Gazeta com os prefeitos eleitos da Grande Vitória sobre projetos e desafios para o mandato de 2025-2028. Confira a conversa na íntegra ao final da reportagem.

Durante a entrevista, o prefeito reeleito falou como está o andamento de projetos de infraestrutura importantes, como a construção de estações de bombeamento de água, para diminuir os alagamentos no município; o tamponamento e despoluição em 12 meses do Canal da Costa; o binário da Rodovia do Sol; a requalificação do Morro do Moreno, com a implantação de um bondinho e mirantes; a transformação de 50% das escolas em tempo integral até o fim do segundo mandato; e a construção de um corredor exclusivo de ônibus, com recursos federais. 

No âmbito administrativo, Arnaldinho avalia criar duas novas secretárias: Turismo e Agricultura e Pesca. Já em relação à política, disse que vai continuar no Podemos. Ao ser questionado se será candidato ao governo do Estado em 2026, afirmou que, caso apareça a oportunidade, vai "ouvir a cidade". É um posicionamento diferente do adotado no período eleitoral, quando disse na sabatina realizada por A Gazeta/CBN Vitória que não seria candidato

A gente está chegando perto de um período que é bastante chuvoso aqui no Espírito Santo. Qual que é a perspectiva da cidade em relação a alagamentos? Em 2025, os moradores de Vila Velha ainda vão sofrer com algum tipo de alagamento?

A cidade de Vila Velha, desde o início das obras de macrodrenagem, já não sofre mais com água entrando nas casas das pessoas, igual nós observávamos, três vezes durante o ano. Ou seja, as pessoas perdiam o pouco que elas tinham, a água entrava, levava e estragava seu colchão, seu sofá, sua geladeira, seu fogão, causando um transtorno muito grande para a população, principalmente a população com o menor poder aquisitivo em nossa cidade. Depois que nós fizemos as obras de macrodrenagem, que ainda não estão concluídas — nós estamos falando de apenas 80% de obras concluídas de macrodrenagem, um valor de investimento que ultrapassa R$ 1 bilhão, em parceria com o governo do Estado —, já inauguramos seis novas estações de bombeamento de águas pluviais, já fizemos a canalização dos canais para que a água da chuva possa chegar mais rápido até essas estações de bombeamento, fizemos comportas que evitam que a água do mar entre dentro da cidade no período de maré cheia e bombeia a água que está dentro da cidade para o mar. Também fizemos galerias para fazer a drenagem de comunidades que alagam cronicamente, indo direto para os canais e dos canais para as estações de bombeamento. Hoje, ainda, a gente tem em andamento a construção de mais três novas estações de bombeamento de águas pluviais e a finalização de alguns canais, como as obras no Canal Aribiri, no Canal Guaranhuns. A nossa equipe entende que, em 2025, a chuva que vier, as estações de bombeamento existentes vão conseguir dar conta do recado, evitando os alagamentos. Pode ter empoçamento de água em locais pontos que serão estudados ponto a ponto, para que a gente identifique por que que ali está com o empoçamento de água, mas água entrando nas casas das pessoas a gente acredita que isso não acontece mais.

Tem outra obra importante que é do Canal da Costa, o tamponamento. O senhor chegou a falar sobre isso, inclusive, no período de campanha. Como que está o andamento do projeto? Qual é a previsão de obra nessa região?

A previsão é, nos próximos dias, já iniciar essa obra. Já foi licitado pela prefeitura também em parceria (com o governo do Estado).

Ainda em 2024?

Sim. A gente só está esperando a agenda do governador para que a gente possa assinar a ordem de serviço para a obra começar. Já foi licitada essa obra do tamponamento, uma obra de R$ 24 milhões, da Avenida Champagnat até próximo ao Exército Brasileiro. Em cima desse tamponamento será um parque linear, nós teremos academia, quadra de tênis, pista de skate, estacionamento,  parquinho, quadra poliesportiva, campo de grama sintética, ou seja, um parque linear completo, que a gente vai entregar para essa região que não tem área pública sobrando, apenas a área onde existe o Canal da Costa. Sobre a despoluição, a Estação de Tratamento de Esgoto de Araçás, que pega a Bacia do Canal da Costa, onde ainda tem essa poluição, nós acabamos de entregar um módulo saindo de 400 l/s de tratamento para 590 l/s para tratamento e, daqui a alguns meses, vai alcançar 900 l/s de tratamento de esgoto, fazendo com que algumas residências que ainda não foram ligadas, que não têm rede de esgoto, a rede chegue até a porta dela, faça a captação desse esgoto e esses esgoto seja tratado para não poluir mais o nosso ambiente, a nossa cidade.  Também, em paralelo, estamos trabalhando uma nova licitação das estações bombeamento, para que possam bombear essa água poluída, se transformando em água limpa para chegar até o mar e o rio, que é o caso do Canal da Costa.

Aquele prazo de 12 meses ainda continua? A promessa era despoluir em 12 meses.

Continua. É a nossa meta, é a meta da Cesan (Companhia Espírito-santense de Saneamento), é a meta da prefeitura, é a meta do governo do Estado. Ninguém faz nada sozinho e aqui, de fato, está sendo feito por várias mãos, e a gente tem essa meta. A gente espera que Vila Velha seja uma referência para o Brasil e para o mundo.

Isso seria até o fim do ano que vem, então?

Exatamente, até o final de 2025.

Tem outra meta também que é o de universalizar o saneamento aqui em Vila Velha até 2030. A meta da cidade é essa? Ter todo o esgoto tratado até 2030?

A meta das instituições que estão fazendo, no caso a Cesan, junto com a parceria público-privada, a empresa chamada Aegea, de fato, é até 2030. Mas nossos técnicos acreditam que, até 2028, Vila Velha já tenha a universalização do saneamento básico com a entrega dessa Estação de Tratamento de Esgoto de Araçás e também da nova Estação de Tratamento de Esgoto de Ulysses Guimarães, que está sendo entregue daqui a uns dias e já está até em operação. Mas vai ser inaugurada daqui a uns dias. Em paralelo, tem 290 km de rede coletora de esgoto sendo construída neste exato momento na nossa cidade.

Quando a gente chega em Vila Velha, tem aquele valão ali logo no início. Aquela parte vai ser tamponada ou não? Porque há um projeto para fazer também um corredor de ônibus ali. É o mesmo projeto?

São projetos distintos. Esse canal ali na realidade é o encontro do Canal da Costa com o Canal Bigossi, que está sendo construído. Daqui no máximo três meses nós já temos a 10ª estação de bombeamento funcionando na cidade, que fica ao lado do Colégio Darwin, próximo do Terminal de Vila Velha. Esse projeto do corredor de mobilidade, não sei o tamanho que ele está, mas sei que nós fomos contemplados agora pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com um projeto de mobilidade que vai interligar a Terceira Ponte com a Avenida Carlos Lindenberg, interligando para Vitória e para Cariacica, uma transformação, um projeto de meio bilhão de reais que, nos próximos dias, a gente assina para fazer a licitação dele.

É via prefeitura com recurso do PAC ou tem o governo do Estado também?

A Prefeitura de Vila Velha foi contemplada com R$ 143 milhões do PAC no projeto que pega do trecho do Terminal de Vila Velha até a Lindenberg, e o governo do Estado foi contemplado com o restante do recurso, da Lindemberg até a entrada de Cariacica e Vitória. Não consigo te falar se essa parte da chegada de Vila Velha com o tamponamento está incluída. Até onde eu conheço, o projeto é do terminal em diante, que antigamente era também a céu aberto.

A gente chegou a dar matéria em A Gazeta a respeito do Binário da Rodovia do Sol. Como está esse projeto?

O projeto está sendo finalizado. O governo do Estado está fazendo, através da Secretaria de Estado Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), mas nós, prefeitura, estamos fazendo também esse projeto, que está sendo finalizado. A gente acredita que até o dia 30 de dezembro tenha o valor para que a gente possa fazer as alterações do binário. Então, vai sair do papel. É questão de tempo para que a gente inicie essa obra.

Mas o senhor falou que é um projeto da prefeitura e outro do governo do Estado?

O governo do Estado tinha ficado de fazer as alterações necessárias dessa via. Paralelamente a isso, eu mandei minha equipe também fazer um projeto, porque Vila Velha tem pressa; vai que demora mais, eu executo o meu projeto. Então, eu mandei minha equipe fazer o projeto, discutido exaustivamente nesses quatro anos com um especialista, um dos mais renomados no Espírito Santo. Debatemos durante quatro anos para chegar até esse momento. Então, vamos finalizar o projeto para orçar quanto será necessário para fazer as alterações de recapeamento, de recuperação asfáltica, de sinalização, de iluminação pública, porque não é apenas na Rodovia do Sol que será investido, a gente vai mexer também na Saturnino Rangel Mauro, porque, senão, você não faz um binário. Uma tem que ir e outra tem que voltar, então a Rodovia do Sol vai ser um binário, mas a Saturnino também vai complementar esse Binário Sul, como a gente chama. A Saturnino muda de mão.

Vai ter a instalação de mais radares na cidade, não só na Rodovia do Sol, mas na cidade como um todo?

Sim, nós estamos com a tramitação de um processo para licitar a aquisição de radares na cidade de Vila Velha para serem instalados nos pontos que acontecem o maior número de acidentes, evitando, assim, mortes.

Serão 20?

No último levantamento, eram 20 pontos que nós tínhamos espalhado na cidade, mas a gente vai fazer registro de ata, o que quer dizer que a gente licita e, se houver necessidade, a gente executa.

Ainda em infraestrutura, prefeito, as orlas serão expandidas, interligadas. Mas e onde já existe, como a Praia da Costa, Itapuã, elas vão ser revitalizadas? Existe previsão?

A meta da administração é a gente fazer infraestrutura onde não existe, ou seja, interligar a orla toda. Hoje, nós temos uma  infraestrutura que vai do Libanês à Praia do Jockey. Nós já estamos finalizando e vamos inaugurar, no dia 18 de janeiro, 3 km de calçadão, ciclovia, iluminação e pavimentação e também a Ponte da Madalena na Barra do Jucu. Desde 2017, ela estava debaixo do rio. Paralelamente a isso, já assinamos com o governador Renato Casagrande a obra de 6,5 km de calçadão, ciclovia e iluminação, pavimentação, parque linear, que vai de Nova Ponta da Fruta, que é divisa com Guarapari, até Morada do Sol, Interlagos. E, agora, a gente está articulando com o governador para licitar de Interlagos até a Barra do Jucu. Dessa forma, nós teremos 32 km de ciclovia, calçadão e iluminação na nossa cidade. A prefeitura já tem um projeto pronto de requalificação da Praia da Costa, Praia de Itapuã e Itaparica, mas, na minha concepção, acho que precisa incrementar esse projeto e, em breve, nós estaremos discutindo com a sociedade qual é o desejo dela. Por exemplo, a Praia da Costa tem um problema crônico de mobilidade. Nós só temos a Gil Veloso, que é a rua da orla da cidade, e só temos a Desembargador Augusto Botelho com a Hugo Musso para retornar. Nós queremos propor para a sociedade mais duas faixas na Praia da Costa para fazer o ir e vir igual existe hoje em Praia de Itaparica, para que a gente possa desafogar e melhorar a mobilidade dessa região. Para que isso possa acontecer, precisa ser feito um projeto mais incrementado, e é a minha meta, porque, mais do mesmo, todo mundo faz, e a nossa meta agora, neste mandato, é fazer o extraordinário para a cidade, e é isso que nós vamos buscar.

O senhor está falando daquela via onde é sentido único e tem um calçadão na Praia da Costa?

É a nossa meta. Nós temos um projeto que já está pronto, orçado, que é para fazer a requalificação do Libanês à Praia do Jockey, mas esse projeto é mais do mesmo na minha avaliação. Ou seja, eu vou requalificar, vai ficar bonito, o calçadão vai ficar mais acessível, porque hoje as pedras portuguesas, infelizmente, estão fazendo com que nossos idosos caiam na cidade. Eu quero incrementar, quero botar mais duas vias, quero alargar a ciclovia desse trecho, que tem um grande adensamento populacional, que é muito utilizado e onde, infelizmente, também as pessoas estão se machucando, porque ele é muito estreito, estão batendo bicicleta com bicicleta. Então, a gente quer aumentar, alargar a ciclovia nesse trecho e alargar o calçadão, para que as pessoas possam correr, mas também caminhar e fazer a contemplação dessa orla maravilhosa.

A meta é discutir isso ainda no segundo mandato?

Vamos discutir no início de ano (2025), porque Vila Velha tem pressa, senão não dá tempo de entregar nesse mandato essa discussão.

A obra sai até o fim do segundo mandato?

Eu acredito que é uma obra extraordinária. A gente quer fazer um estudo de, no mínimo, um ano, porque você vai ter que levar em conta o estudo da maré. E aí a gente fala de construção de píer, de alargamento da faixa de areia, que é o engordamento, para que a gente tenha a oportunidade de fazer isso tudo.

Tem expectativa de mudar o secretariado? Isso já está sendo discutido?

Nós já anunciamos a mudança da Secretaria de Educação. Escolhemos a Carla Cabidel, que é uma professora, uma gestora pública comprovada e que é efetiva da rede municipal. Acreditamos que ela vai fazer uma boa gestão daqui para frente. Lembrando que ela já está na secretaria, mas será nomeada no dia 6 de janeiro por conta de compromissos assumidos por ela. Provavelmente, nós teremos outras alterações, sim. Temos a possibilidade de criar novas secretarias, estamos estudando ainda com a nossa equipe a criação ou não de secretarias.

Pode falar quais?

Posso, sim. Secretaria de Turismo é uma e também Secretaria de Agricultura e Pesca. Hoje nós não temos essas secretarias. Na realidade, nós temos a de turismo (Vinculada à de Cultura) e a Agricultura e Pesca está dentro da de Desenvolvimento Econômico, que a gente quer desmembrar para que a gente possa colocar energia e luz em cima desses temas na cidade que é tão importante.

O senhor falou de educação. Tem uma meta que é a de aumentar em 50% o número de escolas em tempo integral, hoje são 12. Qual é a meta até o fim do mandato?

A meta até o fim de 2028 é 50% da rede em tempo integral, e a gente está já trabalhando em cima disso. Hoje nós temos 116 escolas e, até janeiro do ano que vem, a gente terá 120, porque a gente inaugura mais quatro agora. No mínimo, 60 escolas de tempo integral (até o fim do mandato).

O senhor continua no Podemos? Tem alguma perspectiva de mudar de partido?

Não, não tem perspectiva. Estou muito tranquilo no Podemos, partido que me acolheu para virar prefeito da cidade de Vila Velha, que eu disputei à reeleição. Então, estou muito tranquilo e seguro nele.

A relação com o presidente estadual do partido, Gilson Daniel, é boa?

Não tenho nenhuma dificuldade com ele, não, minha relação é muito mais com a (Executiva) Nacional do que com a Estadual.

Em relação à discussão que teve recentemente, sobre o aumento do salário dos vereadores e do prefeito. O senhor lançou o veto contra, mas como o senhor avalia essa discussão dentro da Câmara? Acha que, de alguma forma, esse aumento foi realmente muito alto?

Eu acredito que Vila Velha é uma cidade muito grande, com muitos desafios. Acredito que qualquer gestor precisa receber muito bem. Eu coloquei os motivos do veto. Falei que a gente chegou aqui com o orçamento da cidade muito baixo, de R$ 1,2 bi, para uma cidade de 500 mil habitantes cheia de desafios, já coloquei vários aqui para você, e que, em quatro anos, a gente já quase dobrou o orçamento da cidade, fruto de ajuste fiscal, fruto de cortar na carne as mordomias que existiam dentro da prefeitura, fruto de uma cultura organizacional diferente, fruto da digitalização — nós saímos do papel e nos tornamos digitais —, e que a gente já está batendo hoje R$ 2,4 bi, mais de 84% de aumento do orçamento da cidade em Vila Velha. Nós tivemos o salário abaixado em 2017 e não houve reajuste. Os vereadores aumentaram o salário da Câmara Municipal, fizeram essa propositura sem meu conhecimento e eu, por motivo óbvio, vetei e assim eu acredito que deve manter.

A gente entrevistou o Casagrande e ele falou alguns nomes possíveis para 2026, caso o Ricardo Ferraço (MDB) não seja o nome dele ao Palácio Anchieta. Entre os nomes que ele citou está o seu. O senhor já falou que não deve concorrer em 2026, mas mantém essa posição? Se fosse convidado pelo governador a tentar o cargo de governador em 2026, tentaria?

Primeiramente, eu fico muito feliz de o governador ter lembrado do meu nome, assim como uma pesquisa recente lembrou o meu  nome, muito bem posicionado no Estado do Espírito Santo para sucedê-lo na eleição de 2026. Fico muito feliz com isso, mas o candidato do grupo é o Ricardo Ferraço, é o candidato até por gravidade, o candidato natural, eu sou o grupo, 100% grupo, e vou ajudar o nosso governador a ser senador, se assim ele quiser, ou o Ricardo, se quiser também ser o governador do Estado.

E se aparecer alguma oportunidade?

Eu costumo falar que eu estou sempre pronto e preparado. Mas, hoje, minha meta é ficar em Vila Velha até 2028, concluir o mandato.

Pode ser que apareça o convite.

Pode ser.

E aí o senhor vai avaliar?

Aí, a gente vai avaliar, vai ouvir a cidade, como a cidade vai enxergar isso, até porque eu fui eleito recentemente e desejo, de fato, agora entregar o extraordinário. Algumas pessoas acham que eu devo ser (governador), até para ajudar a cidade a fazer esse extraordinário que nós estamos fazendo, mas eu tenho muito cautela, muito pé no chão, sei esperar meu momento, estou muito novo, acredito que minha hora vai chegar. Estou na fila, pronto e preparado.

Tem algum projeto que o senhor quer destacar aqui na cidade?

Tem sim. A obra de infraestrutura do Morro do Moreno. Acho que é uma obra que vai ficar na história da cidade, é uma obra que está finalizando a licitação neste exato momento, é uma obra que vai dar a oportunidade para as pessoas visitarem ainda mais o Morro do Moreno. É uma vista maravilhosa. Vai ter um receptivo para acolher os moradores, os visitantes, os turistas; vai ter atendimento ao turista, Guarda Municipal permanente; vestiário, pavimentação e drenagem até o topo do morro; um bondinho para levar as pessoas com mobilidade reduzida, os nossos idosos, cadeirantes; uma cafeteria e também mirantes antes de chegar para você fazer a contemplação dessa vista maravilhosa. Então, além de ter a vista ainda vai ter oportunidade de prática esportiva. Acredito que vai ficar na história, vai ser um dos locais mais visitados do Estado do Espírito Santo, e a gente está botando muita energia para que isso ocorra o mais rápido possível.

A obra começa no ano que vem?

A gente acredita que sim. Lembrando que o Morro do Moreno é uma unidade de conservação. Provavelmente, quando a gente finalizar a licitação, iniciar a ordem de serviço para a construção, a empresa deve levar, no mínimo, seis meses para obter a licença ambiental, porque precisa fazer os estudos ambientais, obter a licença para começar a obra, e é assim que vai acontecer.

Arnaldinho Borgo (Podemos) concede entrevista após vitória nas eleições de 2024(Fernando Madeira)

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