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Assembleia aprova projeto que aumenta ICMS para 19,5% no ES

Assembleia aprova projeto que aumenta ICMS para 19,5% no ES

Elevação da alíquota, que hoje é de 17%, foi proposta pelo governo capixaba para minimizar impactos da reforma tributária na arrecadação do Estado

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 17:22

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Impostos
Impostos: deputados aprovam aumento de ICMS. (Freepik)

Em votação apertada, o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 19,5% proposto pelo governo do Estado para minimizar os impactos com a reforma tributária no Espírito Santo foi aprovado na tarde desta segunda-feira (27) pela Assembleia Legislativa

O Projeto de Lei 954/2023 foi enviado em regime de urgência para o Legislativo. Foi protocolado na última sexta-feira (24) e já entrou na pauta desta segunda. Isso ocorreu porque, para a medida passar a valer em 2024, precisava ser avaliada pelos deputados ainda em 2023.

Durante a sessão, a proposta foi primeiro aprovada nas comissões de Constituição e Justiça e Finanças, já com placares apertados. Na de CCJ, passou por 4 a 3 e, na de Finanças, por 6 a 3. Ao ser apreciado no plenário, o projeto foi aprovado por 14 votos favoráveis e 13 contrários. Apenas a deputada Iriny Lopes (PT) estava ausente no momento da votação. E o presidente da Casa, Marcelo Santos, não vota regimentalmente.  O deputado Sergio Meneguelli que computou presença disse que no momento da votação havia saído do plenário.

Assembleia aprova projeto que aumenta ICMS para 19,5% no ES

Votaram contra:

  • Alcântaro Filho (Republicanos)
  • Allan Ferreira (Podemos)
  • Bispo Alves (Republicanos)
  • Callegari (PL)
  • Camila Valadão (PSOL)
  • Capitão Assumção (PL)
  • Coronel Weliton (PTB)
  • Danilo Bahiense (PL)
  • Hudson Leal (Republicanos)
  • Lucas Polese (PL)
  • Lucas Scaramussa (Podemos)
  • Pablo Muribeca (Republicanos)
  • Zé Preto (PL)

Votaram a favor:

  • Adilson Espíndula (PDT)
  • Alexandre Xambinho (PSC)
  • Dary Pagung (PSB)
  • Denninho Silva (União Brasil)
  • Dr. Bruno Resende (União Brasil)
  • Engenheiro José Esmeraldo (PDT)
  • Gandini (Cidadania)
  • Janete de Sá (PSB)
  • João Coser (PT)
  • Mazinho dos Anjos (PSDB)
  • Raquel Lessa (PP)
  • Theodorico Ferraço (PP)
  • Tyago Hoffmann (PSB)
  • Vandinho Leite (PSDB)

Na defesa do projeto, o vice-líder do governo, deputado Tyago Hoffmann (PSB), destacou que, caso a alíquota não fosse alterada, o Estado perderia 30% da arrecadação tributária, o que paralisaria 100% dos investimentos e parte dos serviços custeados por essa arrecadação.

"Nenhum deputado queria votar aumento de alíquota, mas é fundamental para fazer frente ao que outros Estados de maneira irresponsável estão fazendo. O que está sendo feito agora é ato de responsabilidade com o futuro dos capixabas e não com o presente para garantir a arrecadação do futuro", frisou.

Já Callegari também discursou, mas contrário ao projeto. O deputado afirmou que é contra o aumento de impostos, destacando que a população já paga muitos tributos. E defendeu a diminuição de gastos e privatização como alternativas.

A mudança

O aumento na alíquota do imposto em 2,5 pontos percentuais está sendo feito em conjunto com outros cinco Estados do Sul e Sudeste, de modo a minimizar impactos da reforma tributária que está tramitando no Congresso Nacional e cria o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS) para substituir o ICMS.

A medida é uma maneira de aumentar a participação de cada Estado no total arrecadado pelo IBS, que vai depender da receita média de ICMS entre 2024 e 2028. Desse modo, quanto maior a arrecadação de um Estado com o ICMS nesse período, maior será o fluxo de recursos do IBS a ele destinado até 2078. Para elevar a média, vários Estados já aumentaram os impostos, iniciando pelo Norte e Nordeste.

Errata Correção
28 de novembro de 2023 às 09:14

Diferentemente do informado inicialmente, houve 14 votos a favor do projeto de aumento do ICMS, e não 16. Antes, havia sido considerado o nome do presidente da Assembleia, mas ele não vota regimentalmente. O deputado Sergio Meneguelli também afirmou não ter votado por não estar presente no plenário no momento da decisão. A informação foi corrigida no texto.

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