Assumção não comparece em entrevista à TV Gazeta; veja perguntas que foram feitas
Candidato à Prefeitura de Vitória seria o quarto entrevistado da semana e teria 30 minutos para responder questionamentos sobre temas como saúde, mobilidade e segurança
Candidato à Prefeitura de Vitória, Assumção (PL) não compareceu à entrevista ao vivo na TV Gazeta, nesta quinta-feira (26), e não justificou a sua ausência.
A TV Gazeta faz uma série de entrevistas com os principais candidatos às prefeituras dos quatro maiores colégios eleitorais do Espírito Santo.
Os candidatos às prefeituras de Vila Velha, Cariacica e Serra que pontuaram 5% ou mais nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas pelo Ipec foram entrevistados nas últimas três semanas, no estúdio do Bom Dia ES, entre 8h e 8h30.
Os candidatos Camila Valadão (Psol) e Du (Avante), que pontuaram menos de 5% nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas pela Quaest, vão ser ouvidos em entrevistas gravadas, com duração de cinco minutos cada, que serão exibidas na sexta-feira (27).
Perguntas para o candidato Assumção:
O senhor sempre se apresentou pela patente “Capitão Assumção” e também usava a farda militar. Mas nessa campanha o senhor retirou a farda e a patente, e se apresenta como “Assumção”. É para suavizar a sua imagem?
Em 2019, num discurso na Assembleia Legislativa, o senhor ofereceu R$ 10 mil para quem matasse o assassino de uma jovem em Cariacica. O senhor, como prefeito de Vitória, voltaria a oferecer dinheiro para matar criminosos?
No ano passado, o senhor votou a favor do auxílio-alimentação para deputados. E recebe o benefício de R$ 1.800,00 por mês, além do salário de R$ 33 mil como parlamentar e de R$ 17 mil como militar da reserva. Por que o senhor não se manifestou contrário ao auxílio? Por que recebe o benefício? O senhor acha que é uma atitude moral por parte do homem público?
O senhor usa, até hoje, tornozeleira eletrônica como medida cautelar imposta pela Justiça numa investigação em que é acusado de participação em atos antidemocráticos, envolvimento em esquema de fake news e ataques a ministros do STF. É a postura que o senhor pretende adotar enquanto prefeito?
Vamos falar de mobilidade urbana. O senhor propõe implementar 12 linhas de ônibus elétricos, 100% gratuitos. Fala que vai criar um túnel no maciço central de Vitória pra desafogar o trânsito no Centro. Diz que vai promover calçadas seguras para todos os cidadãos. No projeto parece perfeito. Mas como colocar isso em prática?
Na educação, o senhor fala que vai revisar e aumentar o piso salarial dos professores. Vai aumentar salário? De onde vem o recurso? Além do salário, é importante qualificar a educação. Isso está no plano do senhor?
Na saúde, o senhor fala em abrir duas UPAs, contratar agentes comunitários, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. De onde vem todo esse dinheiro?
Em 2017, o Estado viveu uma situação dramática com a greve da PM. De acordo com documentos oficiais, “o senhor foi acusado de ser um dos líderes do movimento, fomentou a greve, desrespeitou a hierarquia ao praticar atos de insubordinação”. Respondeu a processo no Conselho de Justificação da PM. O conselho considerou o senhor “indigno para pertencer às fileiras militares” e recomendou sua demissão por unanimidade. A decisão foi validada pelo então comando da PM, mas o senhor não foi expulso porque, junto com outros colegas, foi anistiado pelo governo do Estado. É com esse histórico que o senhor quer comandar uma capital que enfrenta sérios problemas de segurança?
Como deputado estadual, o senhor propôs um projeto de lei que prevê multa de até R$ 9 mil a quem for flagrado usando drogas ilícitas nos espaços públicos. O senhor acha que isso é efetivo? Caso eleito, é assim que vai atuar na prevenção e combate ao uso de drogas na capital?
Segundo as estatísticas policiais, a violência do trânsito está ligada à imprudência dos motoristas, motociclistas e pedestres. Que tipo de trabalho o senhor pretende fazer para educar, prevenir e punir infrações de trânsito na Capital?
Para coibir a violência doméstica, o senhor quer criar um aplicativo para denúncia anônima e utilizar mídias sociais para fazer o trabalho de prevenção e conscientização. Como isso vai funcionar?
O senhor se arrepende das decisões que tomou no passado? Tanto na sua atuação durante a greve da PM, depois no seu posicionamento em relação aos atos golpistas de 8 de janeiro. Seu tom nessa campanha parece estar mais moderado. É só durante a campanha ou o senhor realmente quer mudar?
Regras da entrevista
Todos os candidatos têm 30 minutos para responder sobre os mais variados temas.
A TV Gazeta definiu uma série de regras para a realização das entrevistas a fim de garantir equidade entre os candidatos. As regras foram apresentadas às campanhas de todos os candidatos.
A ordem das entrevistas segue à posição do candidato na última pesquisa contratada e divulgada pela TV Gazeta. O candidato mais bem posicionado abre a série de entrevistas, e assim sucessivamente.
Pelas regras pré-definidas, participarão das entrevistas os candidatos com 5% de intenção de votos ou mais, sempre conforme a última pesquisa Quaest e Ipec, divulgadas pela Rede Gazeta na semana que antecede à série.
Para os demais candidatos que não pontuaram 5% ou mais na última pesquisa de intenção de voto estimulado e que não estiveram entre os cinco primeiros colocados na mesma pesquisa, serão realizadas entrevistas presenciais gravadas de cinco minutos, aproximadamente.