Candidato ao governo do Espírito Santo pela Rede, o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos prometeu, caso eleito, realizar, já no primeiro ano de governo, concurso para policial militar, para a polícia civil e também para as áreas de educação e saúde, visando contratar mais professores e médicos.
Com fortes críticas à gestão do atual governador e candidato à reeleição, Renato Casagrande (PSB), Audifax afirma que é possível contratar novos servidores para o Estado devido à folga financeira do atual governo – que diz ser de R$ 6 bilhões – e também pelo fato de o governo gastar pouco mais de 30% com pessoal, quando o limite é de 50%.
As propostas foram feitas durante sabatina promovida por A Gazeta e pela CBN Vitória, nesta quinta-feira (22). O ex-prefeito da Serra foi o quarto entrevistado da série de sabatinas com os candidatos ao governo do Estado realizadas ao longo desta semana.
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Durante a conversa, o candidato afirmou que quer resolver o que considera ser o principal problema do Espírito Santo: a segurança pública. E, para isso, definiu metas, prometendo reduzir de 50% a 70% o número de homicídios.
"Na Serra, quando chegamos, tínhamos 450 homicídios e deixamos a cidade com 130, ou seja, houve uma queda, uma diminuição de 70%. Isso aconteceu na cidade da Serra, no período que eu fui prefeito", prometeu.
Questionado mais de uma vez sobre quem apoia nas eleições presidenciais, ele não respondeu, mesmo tendo líderes conhecidos do seu partido, como Marina Silva, declarando apoio ao ex-presidente Lula.
"Não irei colocar essa eleição de forma nacional. Porque a minha preocupação é a população do Espírito Santo, independentemente de quem for o presidente", afirmou.
Sobre os R$ 6 bilhões no caixa do Governo estadual, o ex-prefeito da Serra criticou o atual governador por não usar o dinheiro enquanto há necessidade de investimentos em segurança, saúde e educação.
"O que eu tenho batido todas as vezes que converso com vocês é que o atual governador não é gestor. E quando eu falo que ele não é gestor, é por causa disso. Não teve planejamento para usar esse recurso, por isso que sobrou tanto dinheiro. As pessoas passando fome, as pessoas desempregadas, a segurança está um caos, a saúde está um caos e não usou esse dinheiro com o argumento de guardar pra fazer poupança?", questiona.
Para Audifax, a folga financeira permite que o Estado valorize os profissionais. Além disso, ele também defende a contratação de mais profissionais.
"Hoje, o Estado gasta pouco mais de 30% daquilo que arrecada com a folha, e a lei pode permitir até 50, 55%. Ele gasta um pouco mais de trinta. O que eu quero dizer? Que folga tem. Precisa também fazer com que eles estejam animados pra trabalhar. Então , a minha tese e a minha fala a todo instante é que dinheiro tem, o que falta é ser gestor, o que falta é ter equipe, o que falta é ter competência. E repito, não vem com essa justificativa de pandemia, porque volto a falar. Na pandemia, a construção civil não parou . Ou seja, não fez porque não teve competência pra fazer. Sempre que surge essa discussão, o governador, candidato à reeleição, diz sem citar nomes que querem raspar os cofres", comentou.
A respeito da escolha da vice, tenente Andresa, do Corpo de Bombeiros, afirmou que ela sinaliza sua prioridade para a segurança pública e também representa a força da mulher, além da renovação, por ser jovem e estreante na política. Questionado se a escolha de Andresa, apoiadora declarada de Bolsonaro, sinaliza o lado que o candidato está na disputa presidencial, Audifax afirmou que não, pois a escolha dela não foi por questão partidária.
"Porque eu entendo que a gente precisa ter um olhar para a mulher. A situação das mulheres no Estado não está legal com a questão do feminicídio, com a questão das agressões das mulheres. Tem absurdos acontecendo, né? Eu estive na Serra no final de semana e as delegacias não funcionam nos fins de semana. Vocês sabiam disso?", indagou.
Na área da segurança, ele defende a volta do Nuroc (Núcleo de Combate ao Crime Organizado), dizendo que, atualmente, é alto o número de roubo de madeiras no Norte e de roubo de gado e sacas de café no Sul. E também estabeleceu meta de reduzir, em seu mandato, de 50% a 70% o número de homicídios no Estado.
O candidato destacou que há déficit de 3.500 policiais militares e 1.400 policiais civis. E, para fortalecer a segurança pública, ele defende o aumento do efetivo com a realização de concurso para a Polícia Militar, Polícia Civil e na educação.
"São mais de dez mil DTs. O total de professores é de 50 mil; 10 mil são DTs. O professor só pode ficar um ano, no máximo mais um, depois, tem que ir embora. Como é que esse professor vai criar vínculo com a escola, vai criar vínculo com o aluno, vai criar vínculo com a família e com o bairro? Não tem como. Então, é concurso, sim. Concurso na área da saúde é outro ponto. Quanto tempo não tem concurso para médico nesse Estado?"
Audifax Barcelos foi o quarto entrevistado da série de sabatinas. As entrevistas começaram na segunda-feira (19), com Renato Casagrande. Na terça-feira (20), foi a vez de Manato (PL); na quarta, de Guerino Zanon (PSD). E seguem nesta sexta-feira (23), com o Capitão Vinicius Sousa (PSTU).
A ordem foi definida pela colocação nos candidatos na sondagem estimulada de intenção de votos da última pesquisa Ipec, divulgada no dia 2 de setembro por A Gazeta. Os candidatos Aridelmo Teixeira (Novo) e Cláudio Paiva (PRTB), que não estavam entre os cinco mais bem colocados, mas pontuaram, vão participar de uma entrevista com duração de cinco minutos, cada um, a ser veiculada no sábado (24), na rádio CBN e no site A Gazeta.
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