Os três senadores capixabas votaram a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições de 2020, na sessão da última terça-feira (23). O texto aprovado no Senado estabelece as datas de 15 de novembro e 29 de novembro para a realização do primeiro e segundo turno do pleito, respectivamente. Na Casa, apenas sete dos 81 senadores foram contrários as propostas.
Rose de Freitas (Podemos), Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (Podemos) aprovaram o texto substitutivo apresentado pelo relator da PEC, Weverton Rocha (PDT-MA). O senador reuniu três das propostas apresentadas à Casa, entre elas a da senadora Rose de Freitas, que sugeriu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pudesse promover alterações necessárias no calendário eleitoral, a partir do adiamento.
"Estamos em uma pandemia. Não sei como o candidato vai poder ir à rua, bater no ombro do eleitor, querer visitá-lo, querer fazer reuniões com todas as recomendações que estão postas aí. É muito grave, é muito sério. Qual é o país que vai votar numa urna tendo um parente procurando um leito na UTI? Essa sensibilidade política tem de existir", defendeu Rose.
Contarato destacou a importância de que o adiamento não interferiu no período de mandato dos atuais prefeitos e daqueles que devem tomar posse em 2021. Havia sugestões de emendas para estender mandatos nos municípios e unificar o pleito de 2020 com as eleições de 2022.
"Fui favorável e votei pelo adiamento das eleições, defendendo que aconteçam neste ano. Devemos, sim, considerar a evolução da pandemia e garantir a segurança de todos, assegurar aos eleitores o direito ao voto, pilar da democracia", disse.
Do Val também foi favorável a proposta final da emenda. Procurado pela reportagem para comentar seu posicionamento, ele não retornou até a publicação da matéria.
Com a aprovação em dois turnos no Senado, a proposta vai agora para votação na Câmara dos Deputados, onde também precisa passar por dois turnos. Caso seja aprovada, a emenda será promulgado. Contudo, se houver alteração no texto, a matéria volta para discussão no Senado.
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