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'Bem que eu queria', diz Carla Zambelli sobre impeachment de Maia e Alcolumbre

"Bem que eu queria", diz Carla Zambelli sobre impeachment de Maia e Alcolumbre

Ao ouvir uma mulher, em Vitória, pedir o impeachment dos presidentes da Câmara e do Senado, a deputada, que é defensora ferrenha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou: "bem que eu queria. Não posso repetir o que você falou, mas bem que eu queria".

Publicado em 29 de fevereiro de 2020 às 16:39

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Deputada Carla Zambelli (PSL-SP) em evento de filiação do novo partido, Aliança pelo Brasil, em Vitória. (Fernando Madeira)

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou, em evento do Aliança pelo Brasil no Espírito Santo, que deseja a saída dos presidentes da Câmara Federal e Senado, Rodrigo Maia (Dem) e Davi Alcolumbre (Dem). Ao ouvir uma mulher na plateia pedir o impeachment de ambos, a deputada, que é defensora ferrenha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse ao microfone:

"Bem que eu queria. Não posso repetir o que você falou, mas bem que eu queria", afirmou sem citar os nomes dos líderes da Câmara e do Senado.

A parlamentar foi interrompida pela mulher enquanto discursava no evento de filiação do novo partido criado pelo presidente Bolsonaro. Carla lembrava, em sua fala, dos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e da prisão e soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela comentava que ainda havia muita luta pela frente.

Na saída do evento, ao ser questionada sobre a fala a respeito de Maia e Alcolumbre, a deputada desconversou.

"Defendo que o melhor para o país aconteça. Se ele fez algo de errado, que pague por isso. Não acho que o Maia seja o culpado pela questão da aprovação dos R$ 30 bilhões, mas ele tem direcionado algumas votações que não são boas para o governo. Se ele continuar com essa insistência de implementar um parlamentarismo branco, isso vai partir da própria população e não da deputada", afirmou.

A reportagem questionou novamente a deputada, lembrando que ela declarou que "bem que queria" quando foi mencionado um possível impeachment dos presidentes da Câmara e do Senado. Ela declarou, então, que "queria um presidente da Câmara que nos representasse melhor".

VEJA A EXPLICAÇÃO DA DEPUTADA

Ao falar da "aprovação dos R$ 30 bilhões", a deputada citava o projeto de lei aprovado pelo Congresso que torna obrigatórias também as emendas de bancada, propostas em conjunto pelos deputados e senadores de um Estado. As emendas individuais já são impositivas desde 2013.  

Os congressistas também alteraram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no final do ano passado, para garantir as emendas impositivas, que abarcariam, ainda, aquelas elaboradas por comissões e pelo relator do orçamento.

Com essas aprovações, o Congresso seria responsável por determinar a alocação de R$ 30 bilhões do Orçamento de 2020, tirando essa prerrogativa do Executivo e dando mais responsabilidades aos parlamentares.

Bolsonaro, no entanto, vetou alguns pontos da LDO, o que inviabilizaria parte das emendas impositivas. O veto pode ser derrubado pelo Congresso na próxima semana. Com a discussão sobre orçamento impositivo, o clima se acirrou entre o Legislativo e o Executivo.  O presidente Jair Bolsonaro chegou a compartilhar, via WhatsApp, um vídeo que convoca manifestantes para participar de protestos contra o Congresso Nacional.

DEPUTADA TENTA SAÍDA DO PSL

Zambelli é uma das deputadas do PSL que briga na Justiça para se desfiliar do partido liderado por Luciano Bivar sem perder o mandato.

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Além da parlamentar paulista, os deputados federais Daniel Silveira (PSL-RJ), conhecido por ter quebrado uma placa com o nome da vereadora assassinada Mariele Franco, e Soraya Manato (PSL-ES) também compuseram a mesa do evento do Aliança pelo Brasil, que ocorreu no Centro de Convenções de Vitória. Segundo membros do Aliança no Espírito Santo, 2,5 mil pessoas participaram da reunião, que conseguiu recolher mil assinaturas para ajudar a formalizar o novo partido de Bolsonaro.

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