O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou na última segunda-feira (3) os governadores que não aderiram ao programa do Ministério da Educação (MEC) para a implementação das escolas cívico-militares nos Estados. Em setembro, o Governo Federal colocou as Forças Armadas à disposição de Estados e municípios que quisessem usar militares para a gestão das escolas. No Sudeste não aderiram ao projeto o Rio de Janeiro, governado por Wilson Witzel (PSC), e o Espírito Santo, comandado por Renato Casagrande (PSB).
As declarações foram feitas após um evento do lançamento da pedra fundamental do Colégio Militar de São Paulo. Bolsonaro direcionou suas críticas a governantes do Nordeste, mas não deixou de citar, sem dizer nomes, os chefes do Executivo no Sudeste que não aceitaram o modelo proposto.
Para eles (governadores), a educação vai indo muito bem, formando militantes e desinformando, lamentavelmente. Aqui no Sudeste também tivemos dois governadores que não aceitara. A questão político partidária não pode estar à frente da necessidade de um país, comentou, de acordo com o jornal Valor Econômico.
Apesar do Estado não ter se inscrito no programa, os municípios de Viana e de Montanha terem anunciado que vão utilizar o modelo em escolas municipais.
Bolsonaro alegou que as escolas militares são comprovadamente de qualidade e disse que haverá espaço para todos, mas pediu que o critério adotado para o ingresso seja o da meritocracia, porque somos todos iguais.
Vocês serão cobrados o tempo todo por resultados. Às vezes, é chato estudar, mas é para o bem de vocês. Aqueles que têm uma escola de qualidade, têm sim o futuro garantido, discursou. Para Bolsonaro, o modelo proposto pode ajudar o país a subir no ranking mundial. Dados do último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mostram que a aprendizagem dos estudantes brasileiros ficou estagnada em 2018.
Com informações do jornal Valor Econômico.
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