A agenda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Espírito Santo já tem local definido, segundo a deputada Soraya Manato (PSL). A parlamentar participou de duas reuniões nesta quarta-feira (26) com assessores do presidente, no Palácio do Planalto. Ela afirma que Bolsonaro deverá desembarcar no Estado à tarde, por volta das 14h, e cumprirá agendas em São Mateus e em Vitória. A visita está prevista para o dia 11 de junho.
Segundo a deputada, o primeiro compromisso será em São Mateus, para a entrega de 434 casas do extinto programa Minha Casa, Minha Vida, rebatizado de Casa Verde e Amarela, no bairro Aroeira. As obras do empreendimento se arrastam há mais de 10 anos, conforme já noticiou A Gazeta.
"Ele terá uma agenda pela manhã com a Marinha e depois virá para o Estado. A visita a São Mateus deve acontecer primeiro, porque as condições de pouso lá são mais favoráveis durante o dia. Lá será a agenda principal. Depois, ele vai seguir para Vitória e fará um sobrevoo nas obras do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra", disse Soraya Manato.
Ainda estão sendo definidas as autoridades que deverão estar no palanque com Bolsonaro. Foi definida uma comissão da bancada capixaba no Congresso, com Soraya, Josias da Vitória (Cidadania) e Neucimar Fraga (PSD) para dar apoio à visita.
Como o presidente não pisou no Espírito Santo desde que assumiu o mandato, assessores do presidente manifestaram o desejo de promover um encontro dele com seus apoiadores na Capital. Bolsonaro teve boa votação no Estado, alcançando 63% dos votos válidos no segundo turno das eleições de 2018.
"Foi sugerido a Praça do Papa, por ser mais aberto e ter local de pouso de helicóptero, se necessário. Mas é provável que o presidente prefira ir desfilando em carro aberto, em um trio ou em um carro do Corpo de Bombeiros. Ainda não está definido", revela a parlamentar.
Uma semana antes da chegada, a comissão de segurança que acompanha o presidente virá ao Estado para avaliar a logística da visita. A forma como o presidente vai se deslocar também está sendo definida. Segundo Soraya, não há horário estipulado para ele deixar o Estado.
"O lado bom, para nós, é que será em uma sexta-feira. Ele não tem agendas depois e poderá ficar no Estado até a hora que ele quiser, até de noite", comenta.
Outras agendas em Linhares, Cachoeiro de Itapemirim e Venda Nova do Imigrante chegaram a ser estudadas. No entanto, devido ao curto período da passagem do presidente pelo Estado, essas opções devem ser descartadas, ainda segundo Soraya.
Procurada pela reportagem, a assessoria do Palácio do Planalto disse que a viagem ainda não consta na agenda do presidente, algo que só deve acontecer nos próximos dias.
A provável visita de Bolsonaro ao Estado acontece após pressão de aliados. Após reportagem de A Gazeta do último dia 12 de maio registrar que o Espírito Santo é o único Estado que Bolsonaro ainda não visitou durante o mandato, parlamentares alinhados ao presidente, como Evair de Melo (PP), Soraya Manato (PSL) e Neucimar Fraga (PSD) "cobraram" publicamente uma viagem a terras capixabas.
Em vídeos publicados pelos políticos aliados em suas redes sociais, o próprio presidente afirma que está devendo uma visita aos capixabas. "Está faltando o Espírito Santo. Eu reconheço", disse Bolsonaro em gravação divulgada por Neucimar. "É um Estado que me deu uma grande apoio nas eleições e esteremos juntos, brevemente, se Deus quiser", complementou.
Jair Bolsonaro tem intensificado suas visitas aos Estados nas últimas semanas. Na última quinta-feira (20), ele esteve no Maranhão e no domingo (23) no Rio de Janeiro. Nas duas agendas, houve aglomeração de apoiadores, muitos deles sem máscaras. No Estado governado por Flávio Dino (PCdoB), o presidente foi multado por não utilizar o equipamento de proteção contra a Covid-19 no evento.
A passagem polêmica pelo Rio de Janeiro ocorreu três dias após Bolsonaro dizer em live que voltou a ter sintomas da Covid-19. A administração municipal estimou que participariam do evento de 10 mil a 15 mil pessoas. Prefeito da cidade, Eduardo Paes (MDB), decidiu não multar o presidente e disse que “o povo avaliaria se ele deveria ser multado”.
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