Mais da metade dos eleitores de Vitória, 51%, avaliam negativamente o mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (3). O levantamento, feito a pedido da Rede Gazeta, também mostrou que 28% dos entrevistados afirmaram que Bolsonaro vem fazendo um bom ou ótimo mandato.
A pesquisa ainda aponta que 21% de eleitores acham o governo do presidente regular e que 1% não soube dizer ou não respondeu. Os números fazem parte da segunda amostragem feita pelo Ibope na Capital em 2020, realizada entre os dias 1º e 3 de novembro. Na primeira pesquisa, em 11 e 12 de outubro, o índice de avaliação negativa do governo Bolsonaro era de 44%, enquanto os que avaliavam positivamente representavam 32% do eleitorado.
A desaprovação de Bolsonaro em Vitória reflete um cenário diferente do resultado das eleições em 2018, quando cerca de 63% dos eleitores da Capital votaram no presidente, a maioria deles moradores de bairros nobres.
No levantamento mais recente, os que mais desaprovam o governo Bolsonaro estão nos dois extremos das classes sociais. O descontentamento atinge 57% dos que recebem até um salário mínimo. Já entre os entrevistados mais ricos, com mais de 5 salários mínimos de renda familiar, 53% acham o mandato do presidente ruim ou péssimo.
Nas outras classes a maioria também está descontente com o presidente. Entre os que recebem de um até dois salários, a avaliação negativa é de 41%, enquanto entre os que ganham de dois a cinco salários, ruim ou péssimo foi a resposta de 39%.
O melhor percentual de aceitação de Bolsonaro é entre os entrevistados que recebem de um a dois salários mínimos, com 31% de respostas de ótimo ou bom. Em seguida, estão os que recebem mais de cinco salários, em que 29% avaliaram positivamente o governo.
Quem avaliou negativamente Bolsonaro também avaliou mal o prefeito da cidade, Luciano Rezende (Cidadania). Cerca de 56% dos que responderam negativamente sobre o mandato do presidente entenderam que a administração de Luciano também é ruim ou péssima.
Em todos os outros recortes, por sexo, idade e escolaridade, Bolsonaro teve maioria de avaliações negativas. Os que mais criticam o governo federal são os que têm nível superior como grau de escolaridade (55%), os de idades entre 16 a 24 anos (55%) e mulheres (53%).
Ainda que em minoria, os que fazem parte do perfil que mais apoiam sua administração são homens (33%), pessoas com mais de 55 anos (33%) e que estudaram até o ensino fundamental (32%).
Em Vitória, o candidato a prefeito mais alinhado com o presidente é o deputado estadual Capitão Assumção (Patriota). Nas duas pesquisas eleitorais realizadas pelo Ibope, em outubro e novembro, ele registrou 6% e 5% das intenções de voto, respectivamente. A rejeição a ele aumentou. Antes, 31% dos entrevistados disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Nesta rodada de entrevistas, o percentual foi de 41%.
Entre os candidatos a prefeito que mais fazem críticas ao presidente, o ex-prefeito João Coser (PT) passou de 22% para 26% das intenções de voto. O deputado estadual e candidato a prefeito Fabrício Gandini, que é do Cidadania, partido não alinhado às pautas bolsonaristas, mas que afirma que vai trabalhar com governo federal, se eleito, também registrou oscilação, de 22% para 24%.
Por outro lado, o deputado estadual e candidato a prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini (Republicanos) foi o que registrou o maior crescimento, de 10% para 18% das intenções de voto. O candidato foi mentor de uma homenagem na Assembleia Legislativa estadual, em 2019, à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), do governo Bolsonaro.
A pesquisa eleitoral do Ibope foi realizada entre os dias 1 e 3 de novembro, com 602 entrevistas. O nível de confiança utilizado é de 95% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram realizadas entrevistas pessoais com utilização de questionário elaborado de acordo com os objetivos da pesquisa. As pessoas selecionadas para as entrevistas são de acordo com as proporções na população de sexo, grupos de idade, instrução e atividade econômica. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo ES?05140/2020.
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