Poucas horas depois de ter sido aprovado com folga pelo Senado para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR), Augusto Aras foi nomeado na noite desta quarta-feira (25) para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Aras teve sua indicação avalizada no Senado por 68 votos a 10, em votação secreta.
Depois de ter sido confirmado pelos senadores, o procurador se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada por pouco mais de uma hora.
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A votação no plenário do Senado ocorreu no mesmo dia em que Aras foi sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), numa audiência em que mandou recados à Lava Jato ao dizer que a operação cometeu excessos e está passível de correções. Nas últimas semanas, percorreu gabinetes para costurar apoio de senadores da base do governo e da oposição.
FORA DA LISTA
Nascido em Salvador, o subprocurador-geral correu por fora da lista tríplice da categoria para ser indicado por Bolsonaro. Agora, ocupará até 2021 a chefia da PGR, que nos últimos dois anos esteve a cargo de Raquel Dodge.
A data da posse será definida entre Aras e o presidente - a intenção do Palácio do Planalto é que a cerimônia seja marcada para a próxima semana.
Antes da votação no plenário do Senado, Aras foi submetido a cinco horas de sabatina na CCJ da Casa -onde recebeu 23 votos a favor da sua nomeação e 3 contrários.
Criticado por colegas por ter encampado bandeiras de Bolsonaro em meio à disputa pela indicação para a PGR, Aras negou, no Senado, a possibilidade de atuar com submissão, pregou independência entre os Poderes e evitou explicitar alinhamento completo com teses bolsonaristas.
Além de ser chefe do Ministério Público Federal, uma das atribuições do procurador-geral é encaminhar possíveis investigações que envolvam o presidente da República.
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