Bruno Lamas (PSB) não é mais secretário estadual de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social. A exoneração, a pedido, foi publicada no Diário Oficial do Espírito Santo desta quinta-feira (2). Pré-candidato a prefeito da Serra, Lamas retoma o mandato de deputado estadual, para o qual foi reeleito em 2018.
A secretaria, agora, será comandada por Cyntia Figueira Grillo, como informou o colunista Vitor Vogas na quarta-feira (1º). Com perfil técnico, ela estava no cargo de subsecretária de Estado do Trabalho, Emprego e Geração de Renda. A nomeação de Cyntia também foi publicada nesta quinta.
Correligionário do governador Renato Casagrande, Lamas estava à frente da pasta desde o início da gestão, em 2019. Com a volta dele à Assembleia, Freitas (PSB) que era líder do governo deixa a Casa.
Bruno afirma que está feliz pelo trabalho realizado na pasta, mas acredita que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderia adiar alguns prazos do calendário eleitoral, como o da desincompatibilização de cargos públicos, devido à pandemia do coronavírus.
Tecnicamente, a legislação diz que secretários de Estado devem se afastar até quatro meses antes da eleição, apesar de ser comum que candidatos, para evitar questionamentos futuros, deixem seus cargos com seis meses de antecedência, como é definido para quem pretende disputar o cargo de vereador.
"Zeramos um passivo de processos físicos, levamos o projeto de aumentar o Bolsa Capixaba, criamos o fundo estadual do trabalho e, agora, estávamos acompanhando um processo delicado e importante com o coronavírus. Deixo o cargo, por uma obrigação eleitoral, para poder ser candidato na Serra. Infelizmente, o TSE não está tendo a sensibilidade que a situação exige. A Legislação Eleitoral é fria. Fiz o movimento de sair, mas continuo apoiando o governador na gestão dessa crise", disse.
O governador ainda não definiu quem ocupará a liderança no Legislativo. Interlocutores do governador afirmam que Casagrande vai esperar passar o período de combate ao coronavírus para, depois, discutir um nome. Entre os cotados para assumir a posição está o do deputado Marcelo Santos (PDT) e a deputada Raquel Lessa (Pros). Lamas diz que se sentiria honrado para ser líder do governo na Casa, mas não houve conversas que o direcionassem para isso.
Questionado se assumirá algum cargo no Executivo estadual, Freitas afirmou para A Gazeta que foi convidado por Casagrande para uma conversa na próxima semana e destacou que ainda não há nada consolidado. De acordo com fontes palacianas, ele é cotado para ocupar uma vaga na Casa Civil do governo.
"Se ele [Casagrande] tiver alguma missão para mim, estou à disposição", afirmou Freitas, que é empresário do ramo agrícola.
Em uma autoavaliação, o ex-deputado afirmou que conseguiu ser útil como líder de Casagrande, colaborando para a agilidade na aprovação de projetos do governo e contribuindo para que nenhum veto dele fosse derrubado pelo plenário, mesmo tendo assumido o cargo no "pior momento desta década" na Assembleia.
O governador trocou o líder do governo no fim de novembro do ano passado. Enivaldo dos Anjos, que estava na função, foi alvo de questionamentos, na época, por ter dado demonstrações de que estaria mais próximo dos interesses do presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), do que dos de Casagrande. Na ocasião, Enivaldo apoiou o chefe do Legislativo na eleição surpresa da Mesa Diretora. Dias depois, o governador anunciou que Freitas assumiria a liderança.
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