Dois vereadores da Câmara de Apiacá, Diego Pedrosa de Souza (PV) e Ivanildo Mendes de Oliveira (PL), foram punidos com a suspensão do uso da palavra nas próximas sessões após um processo disciplinar para apuração de decoro parlamentar. No dia 18 de abril, os vereadores se envolveram em uma briga durante a sessão ordinária na data.
Diego Pedrosa de Souza foi punido com um mês de suspensão ao uso da palavra nas sessões ordinárias e extraordinárias da casa de leis. Já Ivanildo Mendes de Oliveira, teve o mesmo direito suspenso por três meses. No município, as reuniões no plenário acontecem às segundas-feiras.
O processo foi lido na última sessão, na noite da última segunda-feira (02), e aprovado por todos os vereadores presentes no plenário. Diego Pedrosa de Souza não compareceu. Ivanildo Mendes de Oliveira se pronunciou e pediu desculpas pelo episódio aos membros da Casa de Leis, sua família e eleitorado.
A sessão ordinária da Câmara de vereadores de Apiacá no dia 18 de abril foi encerrada após a briga. O episódio foi gravado e ganhou repercussão nas redes sociais da cidade. O vereador Diego Pedrosa de Souza alegou ter sido agredido com socos desferidos pelo parlamentar ao lado dele, Ivanildo Mendes de Oliveira, que negou a agressão e disse apenas ter o segurado pela camisa.
As imagens mostram que o vereador Diego Pedrosa de Souza usa do tempo de resposta, de um minuto, e o presidente da Casa de Leis, Fabiano Basílio Zanardi (PL), pede que ele encerre o pronunciamento. Souza, entretanto, insiste na fala. “O senhor é muito autoritário, presidente. Estou usando a fala de Ivanildo e ele não falou hora nenhuma. Deixa eu falar rapaz, deixe de ser autoritário, prepotente e arrogante, rapaz. Você vai ter a resposta nas urnas, cara”, disse o vereador Diego Pedrosa.
Neste momento, o vereador Ivanildo pede licença para o vereador Diego para falar e o toca no braço. Diego diz que não precisa colocar a mão nele e a confusão começa com um tapa de Ivanildo Mendes de Oliveira no colega. Ivanildo se levanta e vai para cima de Diego. Algumas pessoas entram no plenário para separar a confusão.
Procurada pela reportagem de A Gazeta, o vereador Diego Pedrosa disse que repudia e lamenta a decisão do presidente da Câmara, Fabiano Zanardi. Ele justificou ausência alegando que fez um ofício ao presidente do legislativo para que ele pudesse pedir a presença da Polícia Militar, para garantir sua segurança. Como não havia militares, disse que preferiu não participar.
“Uma atitude totalmente parcial e desproporcional ao caso, tendo em vista que a quebra de decoro foi por agressão. O advogado que está a frente do caso vai entrar com um mandado de segurança para reverter esse absurdo contra mim e fazer com que a justiça cobre da Câmara que eles punam o agressor na proporção da sua quebra de decoro”, informou.
O vereador Ivanildo Mendes de Oliveira disse que o episódio o deixou envergonhado e que se arrepende do fato. “O presidente segue o regimento e tive consciência de que, de alguma forma, seria punido. Não é a primeira vez que Diego desacata alguém, mas reconheço que o ato não foi legal. Aceito a punição e espero que, de ambas as partes, digo por mim, que isso não se repita mais”, disse o vereador.
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