A cada quatro anos os partidos têm a chance de movimentar a bancada no Legislativo municipal, ocupando mais ou menos cadeiras conforme o desempenho nas urnas. Ao fazer um recorte da Câmara de Cariacica, para a qual foram eleitos representantes de 10 siglas nas Eleições 2024, o cenário mostra-se de estabilidade em comparação ao pleito anterior.
É o que observa o cientista político Marcos Woortmann, diretor-adjunto do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), ao analisar os partidos dos vereadores que ingressaram na Câmara em 2021 e daqueles que estarão na próxima legislatura, de 2025 a 2028.
Embora com a presença de partidos de esquerda e centro-esquerda, o predomínio, sustenta Woortmann, é das siglas de centro e centro-direita. "É a grande tendência dos municípios, com raras exceções", pontua.
A legenda que mais cresceu foi o MDB que, em 2020, não elegeu nenhum vereador e, a partir do ano que vem, terá três. Republicanos e PSD também não tiveram eleitos há quatro anos, mas, na próxima legislatura, cada partido ocupará duas cadeiras. O Podemos passou de um para dois parlamentares, e o PP, de um para três.
Segundo Woortmann, o cenário é mais do que um movimento do momento, mas uma constatação histórica de como têm se organizado os partidos desde a década de 1950. O cientista político diz que particularmente os grupos de centro são aderentes ao poder, independentemente de qual legenda está ocupando essa posição.
Com a Câmara de Cariacica tendo a maioria nesse perfil, e de partidos majoritariamente de apoio à reeleição do prefeito Euclério Sampaio (MDB), a estabilidade é observada tanto na composição quanto é esperada para as relações com o Executivo municipal.
Woortman pontua que, mesmo alguns partidos que naturalmente estariam na oposição, na prática, podem não se posicionar desse modo em votações estratégicas.
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