Os vereadores de Colatina, no Noroeste do Estado, mantiveram em sessão ordinária, nesta segunda-feira (30), os vetos do prefeito Sérgio Meneguelli (sem partido) e arquivaram os projetos que estipulavam aumentos para os próprios parlamentares, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.
Os aumentos foram aprovados pelo Legislativo na sessão do dia 18 de novembro e geraram muita insatisfação na população da cidade, que inclusive foi à Câmara Municipal protestar.
Diante da repercussão negativa, o prefeito Sérgio Meneguelli, vetou todos os projetos no dia 27 de novembro.
Na ocasião, o chefe do Executivo explicou os motivos. A minha decisão, como todos estavam esperando, não é outra a não ser aquela que eu sempre tive. Sempre fui coerente dentro dos meus princípios. Desde 2012 eu luto pelo congelamento dos salários dos prefeitos e dos vereadores, que eles sejam reajustados de acordo com o funcionalismo público, pontuou.
A reunião desta terça-feira marcou o encerramento dos trabalhos no legislativo colatinense em 2019. Após o recesso, os vereadores retornam ao trabalho em fevereiro.
De acordo com os projetos aprovados em novembro, o maior aumento seria no salário dos secretários municipais, que passaria de R$ 3.901,57 para R$ 7.290; um reajuste de 86% em relação ao valor atual. O mesmo valia para o cargo de procurador-geral do Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental (Sanear), que atualmente recebe R$ 6 mil e passaria a receber o mesmo valor que os secretários (reajuste de 21,5%).
Os vereadores também votaram para aumentar a remuneração dos 15 parlamentares que seriam eleitos em 2020. Na próxima legislatura, cada um poderia receber R$ 7.290, ou seja, 80% a mais do que os R$ 4.049,48 recebidos atualmente. O presidente da Casa receberia um pouco mais para comandar os trabalhos no Legislativo, R$ 8.750.
O próximo prefeito e vice-prefeito de Colatina também iriam assumir os cargos com novo salário. Atualmente, a remuneração é de R$ 9.758,01 e R$ 5.285,46, respectivamente. Já em 2021, seria R$ 11.800 para o prefeito (aumento de 20%) e R$ 8.300 para o vice (aumento de 57%).
(Reportagem de João Henrique Castro)
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