Entre 12 vereadores reeleitos, quatro ex-vereadores e cinco novos nomes, as 21 cadeiras da Câmara Municipal de Vila Velha serão ocupadas, na legislatura que começará em 2025, por parlamentares de 11 diferentes partidos. Nas últimas eleições, em 2020, os canelas-verdes elegeram representantes de 12 siglas para ocupar 17 vagas.
O Podemos foi o partido que mais cresceu entre as duas eleições, e o que terá a maior bancada a partir do ano que vem. Em 2020, foram eleitos dois vereadores pela legenda, além de um pelo PSC, que desde então foi incorporado pelo Podemos. Em 2024, foram eleitos seis.
O PL, que não conquistou nenhuma cadeira nas eleições anteriores, agora ganhou três e terá a segunda maior bancada, empatado com o PP, que cresceu de uma vaga para três.
Em 2020, o PTB e o Patriota elegeram dois vereadores em Vila Velha. Desde então, as duas siglas se fundiram e formaram o PRD, que também conquistou agora duas vagas. O PTC, que agora se chama Agir, caiu de três para um.
MDB, PSB, Republicanos, União Brasil (DEM e PSL em 2020), DC, PT e PV também terão um vereador cada.
O PSDB, que tinha duas cadeiras, e o PV, que tinha uma, não terão nenhum vereador representante na Câmara Municipal a partir do ano que vem.
O cálculo reflete o desempenho dos partidos nas urnas em 2020, e não a composição atual da Câmara de Vila Velha. Desde então, diversos parlamentares trocaram de partido. Além disso, dois deles foram cassados. Devacir Rabello (então no DC) e Joel Rangel (então no PTB) perderam os mandatos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro deste ano, por fraude dos partidos à cota de gênero. Os dois, porém, retornarão à Casa em 2025, eleitos, respectivamente, pelo PL e pelo Podemos.
Para João Paulo dos Santos, professor de História e mestre em História Social das Relações Políticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a Casa Legislativa manteve um perfil semelhante. "A presença do centrão em Vila Velha é perceptível. Em 2020, você tinha uma quantidade mais equilibrada de cadeiras do partido, mas ainda assim com a predominância do centrão, o que indica uma tendência da continuidade de políticas mais pragmáticas no município".
Considerando a reeleição do atual prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) com uma ampla coligação composta por 13 partidos (Podemos, Republicanos, PDT, MDB, PP, PRD, DC, Novo, PMB, Agir, PSB, União Brasil e PSD), a expectativa é de que ele mantenha uma maioria confortável entre os parlamentares. "Temos 12 reeleitos e retorno de quatro ex-vereadores. Isso indica continuidade e baixa renovação. Isso facilita muito a governabilidade. Esse cenário pode ajudar nas pautas de desenvolvimento econômico da cidade e de infraestrutura, políticas em Vila Velha que pavimentaram melhor o caminho de Arnaldinho de lá para cá", analisa o professor.
Também deve ser mantida a capacidade do prefeito de dialogar com a Câmara Municipal, já que Arnaldinho também é um ex-vereador. "Ele fala sobre os vereadores como alguém fala da sua própria casa. O histórico dele antes da entrada no Executivo traz um grande nível de conhecimento e capacidade de dialogar, e dá a ele um capital político enorme", conclui Santos.
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