A Câmara de Vitória vai passar por reformas físicas e administrativas, segundo o novo presidente da Casa, Leandro Piquet (Republicanos). O anúncio foi feito em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (9).
Os três prédios do Legislativo municipal, alguns com mais de 30 anos, nunca passaram por reforma. Nos edifícios administrativos, há problemas no sistema de ar condicionado, infiltrações nas paredes, sacos de lixo tapando buracos no teto e remendos feitos com isopor.
Contudo, o principal problema está no plenário da Casa. O prédio circular tem o chão coberto por carpete (herança do tempo em que foi construído) e não tem saída de emergência.
Ele citou a tragédia na casa noturna de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que pegou fogo e matou centenas de pessoas, uma vez que o local também não tinha saída de emergência e tinha teto e chão que propagavam o fogo.
Ainda no campo da segurança dos parlamentares e dos visitantes, ele cita que não há um monitoramento de quem entra e quem sai do plenário. No fim do ano passado, um homem entrou armado no prédio, o que é proibido pelo regimento. Formou-se uma confusão e a sessão que estava acontecendo teve que ser encerada.
Atualmente, não há detector de metais e nem é preciso se identificar para adentrar o local. Apenas um segurança costuma ficar na porta controlando quem entra na área reservada aos vereadores. Para ir para às tribunas, não há qualquer controle.
"A gente não tem monitoramento, a gente não sabe quem entra no plenário. A gente quer dar segurança para os vereadores e para o cidadão que vem aqui. A gente precisa até de controle no estacionamento, não tem hoje", afirma Piquet. Ele citou ainda um projeto de captação de água das chuvas e de instalação de painéis solares para reduzir as contas.
Um dos percalços para a realização da obra está no fato de que os prédios ficam dentro do terreno da prefeitura. Porém, o presidente da Câmara, que é colega de profissão (delegado) e do mesmo partido do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, disse que tudo será feito em parceria com o Executivo municipal.
"A gente está evoluindo para fazer em conjunto com a prefeitura. Até porque não temos equipe na Câmara pra fazer esse tipo de trabalho. O prefeito deu sinal verde. Vai ter um termo de cooperação. Eles vão dar apoio técnico porque não temos engenheiro suficientes, arquitetos na Câmara e a prefeitura tem isso", diz.
Também está nos planos de Piquet enviar ao plenário uma proposta de reforma administrativa. Segundo ele, o texto vai especificar servidores por setor, especificar a função de cada setor e adequar a Casa as mudanças de lei de licitações.
"Vamos buscar também construir a primeira linha de defesa para fazer o combate à corrupção que são de auditores. A gente tem uma controladoria mas ela não está fortalecida", aponta.
Piquet não descartou a criação de mais cargos na Câmara com a reforma. Atualmente, o administrativo da Casa conta com 231 servidores comissionados e 42 efetivos. Outra mudança anunciada foi abertura de concurso público para 30 vagas efetivas até o fim do ano.
A respeito dos rumores de que haveria projeto para aumento do salário dos vereadores e até do número de vereadores na Câmara, Piquet disse que nada oficial foi protocolado até o momento.
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