Em um clima já de encerramento, os candidatos a prefeito de Vitória apareceram no penúltimo e último dias de propaganda eleitoral na TV, na noite desta quarta-feira (11) e na tarde desta quinta (12), com os ânimos mais acalmados, sem explorar a fundo as críticas aos adversários, e optando por exibir seus jingles e mostrar algumas de suas propostas. A propaganda gratuita se encerra nesta quinta para o 1º turno das eleições. A votação será neste domingo (15).
Os candidatos Fabrício Gandini (Cidadania) e Lorenzo Pazolini (Republicanos), que protagonizaram os principais embates ao longo de 35 dias de exibição do horário eleitoral gratuito, explorando principalmente acusações de suposta proximidade de Pazolini com o ex-deputado José Carlos Gratz, e da ação da Polícia Federal nos estúdios de gravação de Gandini, não tocaram diretamente nos temas no programa desta quinta.
Gandini iniciou seu programa enfatizando que foi vítima durante a campanha. "Fui atacado, tive que defender nossa cidade, e tentaram de tudo para eu me calar. Eu não tenho medo. Vitória quer distância do passado de violência e corrupção que essas pessoas representam". Em seguida, falou de iniciativas de tecnologia para serem implementadas na cidade, e de suas qualidades pessoais.
Já Pazolini não mencionou tais situações, e iniciou o programa abordando as qualidades que um líder precisa ter. Ele ainda defendeu que seu plano de governo tem promessas viáveis, com muitas colaborações recebidas na campanha. "Com a participação de técnicos renomados, teremos uma gestão eficiente e participativa, lado a lado com as comunidades. O prefeito de Vitória estará presente no dia a dia da sociedade."
João Coser (PT), que exibiu vídeo do ex-presidente Lula em seu programa na quarta à tarde, nas propagandas seguintes aproveitou para ser mais direto no pedido de voto aos eleitores, destacando seus compromissos com a cidade. "Vitória precisa ser inclusiva, abraçar a todos sem exceção, garantir que os sonhos, projetos de futuro se realizem", afirmou.
Candidatos como Capitão Assumção (Patriota), Mazinho (PSD) e Sérgio Sá (PSB) utilizaram a propaganda para se colocar como opção em relação aos candidatos que protagonizaram os embates, criticando a postura dos adversários.
Assumção defende expressamente "Nem Gandini, nem Pazolini", pois "nada farão, fecharam acordos por tempo e dinheiro na eleição". O deputado diz que conhece o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e por isso conseguirá recursos para investir em Vitória.
Mazinho (PSD), por sua vez, voltou a dizer que os dois deputados e o ex-prefeito são "farinha do mesmo saco" e do "modelo de política velha, que termina em corrupção", e por isso se coloca como alternativa, enfatizando seus atributos pessoais.
Sérgio Sá (PSB) disse estar "também indignado com as últimas notícias". "Vitória não merece isso. Precisa de um prefeito experiente, com capacidade de implementar projetos e obras", citando em seguida, alguns de seus projetos para a saúde e educação.
Única mulher na disputa pela prefeitura, Neuzinha (PSDB) focou seu discurso para o público feminino. "Você sabe que para a gente é tudo mais difícil. Até quando não teremos mais protagonismo? Porque sempre nos sobra o cargo de vice? Protagonismo é afirmar que lugar de mulher é onde a gente quiser", defendeu a candidata.
Já Halpher Luiggi (PL) apareceu junto com a vice, Juliana, em clima de comemoração e com agradecimentos pela campanha. Namy Chequer (PCdoB) frisou que o horário eleitoral é para as propostas, e disse estar preparado para o cargo. Por fim, Gilbertinho Campos (PSOL) defendeu temas como emprego, transporte e escolas de qualidade, prometendo "arrumar a casa".
Nesta quinta (12), além do fim da propaganda eleitoral no rádio e TV, é também é o último dia para propaganda política em reuniões públicas ou promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre 8h e meia-noite.
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