Recém-filiado ao Podemos, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pode ser uma ameaça à ida do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao segundo turno das eleições de 2022. A avaliação foi feita pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), durante participação no Vitória Summit - Encontro de Líderes 2021, promovido pela Rede Gazeta, nesta quinta-feira (25).
A afirmação do governador ocorreu durante o painel "ES e MG: desafios e oportunidades para 2022", em que participou ao lado governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Com o objetivo de discutir, principalmente, perspectivas políticas e econômicas do Espírito Santo e do país, o Vitória Summit seguirá até esta sexta-feira (26) e terá a programação toda transmitida ao vivo em A Gazeta.
"Acho que a candidatura do Moro ainda não tirou voto dele [Bolsonaro] efetivamente, mas se ele der sinais de enfraquecimento, muitos poderão migrar para ele [Moro]”, afirmou Casagrande.
Ele pondera, entretanto, que as eleições de 2022 ainda estão totalmente indefinidas, e que os rumos da disputa dependem de uma série de fatores, entre eles as ações d o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva, apontado como candidato mais provável do PT, e dos próximos passos de Jair Bolsonaro à frente do Planalto.
“Se Lula não tomar posições equivocadas como tomou na América Latina essa semana, ele tende a ser um candidato meio que garantido para estar no segundo turno. Neste momento ele está mais protegido, mais afastado, não está participando do embate direto. Pelo recall dele, os dois mandatos na presidência, tem uma chance maior de estar no segundo turno, mas com a candidatura do Moro, e com as definições que vão acontecer nos outros partidos de centro… eu não digo a mesma coisa do Bolsonaro.”
Casagrande observa, porém, que muito ainda pode mudar, inclusive conforme outros partidos forem apontando candidatos, até o final do primeiro semestre de 2022. O governador capixaba reforça que, antes disso, muitos colocam o nome como possíveis candidatos, mas somente para “ver até onde conseguem ir”.
"Na minha visão, a candidatura do Moro veio em uma hora que ameaça sim a ida do Bolsonaro para o segundo turno”, avaliou Casagrande.
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