O produtor rural Eduardo Riedel (PSDB), 53, vai disputar com Capitão Contar (PRTB), 38, o segundo turno em Mato Grosso do Sul, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Com quase todas as urnas apuradas, Contar recebeu 26,71% dos votos válidos. Riedel obteve 25,16%.
O ex-secretário André Puccinelli (MDB) ficou com 17,18%. A deputada federal Rose Modesto (União Brasil) teve 12,42%. Giselle Marques (PT) conseguiu 9,42%. Marquinhos Trad (PSD) ficou com 8,67%. Adonis Marcos (PSOL) e Magno Souza (PCO) foram votados por 0,23% e 0,20%, respectivamente.
Mato Grosso do Sul viveu uma eleição atípica, por ser o estado de nascimento e base eleitoral de duas candidatas à Presidência da República: as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).
Apoiado por Jair Bolsonaro (PL), Capitão Contar cresceu de forma surpreendente na reta final da campanha após o presidente ter pedido votos para ele durante o debate dos presidenciáveis na TV Globo.
O pedido de voto de Bolsonaro implodiu o acordo que o presidente tinha com Eduardo Riedel, candidato apoiado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O tucano, que tem o apoio da ex-ministra da Agricultura Teresa Cristina (PP), havia anunciado apoio a Bolsonaro desde maio.
Capitão Contar é deputado estadual e disputou um cargo eletivo pela primeira vez em 2018. Foi eleito para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul pelo PSL com 78 mil votos, maior votação do estado. É capitão do Exército e tem boa relação com Bolsonaro.
Desde o início do ano, se movimentou para ser candidato a governador com o apoio de Bolsonaro, mas este optou por fechar um acordo com o candidato tucano. Sem espaço no PL, partido do presidente, Contar se filiou ao nanico PRTB.
Já Riedel se declarou bolsonarista durante a campanha. Em visita recente de Jair Bolsonaro (PL) ao Mato Grosso do Sul, ele recebeu o presidente no aeroporto e o acompanhou nas agendas oficiais em Campo Grande.
Ex-secretário de governo e de obras, Riedel foi o nome indicado pelo governador Reinaldo Azambuja para sua sucessão. A aliança foi fechada graças a parceria de Riedel com a ex-ministra Tereza Cristina (Agricultura), que se candidatou ao senado pelo PP.
Riedel concorre pela primeira vez a um cargo nas urnas. O biólogo é formado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), estado onde nasceu. Chegou em Mato Grosso do Sul em 1995 para cuidar da propriedade rural da família, em Maracaju.
Riedel ascendeu publicamente em 2006, quando se tornou presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Ele comandou a instituição até 2012. Em 2014, apoiou a candidatura de Azambuja ao governo do Estado, assumindo logo no início da gestão o cargo de secretário de governo.
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