Concorrendo ao governo do Espírito Santo pelo PSTU, o capitão da Polícia Militar Vinicius Sousa é formado em Direito e tem entre as suas bandeiras a desmilitarização da PM e a legalização de drogas como a maconha. Para Capitão Sousa, as drogas devem ser tratadas pela área da saúde pública e critica que o problema esteja mais em foco da segurança pública.
"Entendo que a questão das drogas, todas elas, devem ser tratadas pela área da saúde pública, necessariamente. É preciso implantar centros de atendimento psicossocial especializados nessa questão da drogadição e também do álcool para que possam dar o devido atendimento da saúde às pessoas com dependência química. Jogar tudo para o soldado da PM é difícil para ele resolver os problemas. Essa guerra mata mais do que as drogas", afirma.
Capitão Vinícius Sousa foi o quinto candidato ao governo do Espírito Santo entrevistado pelo ES1 da TV Gazeta, nesta sexta-feira (16). Ainda nesta sexta, foi feita a sabatina dos candidatos Aridelmo (Novo) e Claudio Paiva (PRTB). Antes dele, os candidatos Renato Casagrande (PSB), Carlos Manato (PL), Audifax Barcelos (Rede) e Guerino Zanon (PSD) concederam entrevistas, respectivamente, na segunda-feira (12), na terça (13), na quarta (14) e na quinta-feira (15).
Entre as bandeiras do candidato está a desmilitarização da Polícia Militar. Para ele, os profissionais da segurança devem ter os mesmos direitos dos demais trabalhadores, como jornada de trabalho definida. "Acho que o primeiro passo para melhorar qualquer serviço público é respeitar o servidor, assim como o policial e também o professor e profissional de saúde. O militar não tem direito à jornada de trabalho definida. O policial não pode trabalhar 70 horas como acontece na Operação Verão. São vários outros direitos que o policial não tem. Ele responde por crime militar, diferente de uma transgressão como outros servidores", disse.
Para Capitão Sousa, as drogas devem ser tratadas pela área da saúde. "Entendo que a questão das drogas, todas elas, devem ser tratadas pela área da saúde pública, necessariamente. É preciso implantar centros de atendimento psicossocial especializados nessa questão da drogadição e também do álcool para que possam dar o devido atendimento da saúde às pessoas com dependência química. Jogar tudo para o soldado da PM é difícil para ele resolver os problemas. Essa guerra mata mais do que as drogas", afirma.
Em sua proposta de governo, o candidato promete criar a universidade estadual. Seu objetivo é oferecer uma universidade aberta para dar condições aos filhos da classe trabalhadora de sonhar e se formar na área desejada. "A educação básica é essencial. Escolas e creches em tempo integral para todas as crianças. Educação tem que ser prioridade, mas é preciso que aquele adolescente tenha uma perspectiva de cursar uma universidade", disse.
O candidato do PSTU tem como prioridade na área da saúde a regionalização do atendimento com especialidades médicas. "Vamos convocar toda a classe trabalhadora para tomarmos as nossas riquezas. A riqueza do povo capixaba está estregue aos milionários sem isso não é possível fazer absolutamente nada", afirmou.
Questionado sobre como pretende combater o crime organizado instalado ele afirma que a polícia fica cuidando de uma área que não é sua, como questões de saúde pública. "Essa guerra é um dos maiores absurdos que está acontecendo. Veja a minha cor, eu venho de lá. Quem está morrendo nessa guerra poderiam ser meus filhos, meus irmãos. A polícia precisa ter condições de agir. Se ele está envolvido em questões de saúde pública, o policial fica cuidando de uma área que não é sua. Seria importante a valorização do servidor para se dedicar ao que é a sua formação que é inibir roubos e homicídios e não tratar coisas de saúde pública que são as drogas", frisou.
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