O governador Renato Casagrande (PSB) confirmou o que já era esperado por todo o mercado político capixaba: vai disputar a reeleição. A pré-candidatura foi anunciada formalmente para que ele possa, a partir de agora, discutir e formalizar as alianças com os demais partidos que apoiam a sua gestão, assim como definir quem irá compor a sua chapa na vaga para vice-governador e para o Senado.
"Em um processo de reflexão que nós fizemos nesses últimos meses, de conversa mesmo com as pessoas mais próximas, resolvemos dar o primeiro passo no dia de hoje em torno da pré-candidatura ao governo do Estado", disse Casagrande, na abertura da entrevista coletiva em que confirmou a pré-candidatura, em um hotel na Enseada do Suá, em Vitória
"Não posso dizer que nós não temos problemas no Estado do Espírito Santo, que não temos desafios. Até porque, se nós não tivéssemos desafios, não teria razão de colocar meu nome para estar debatendo o processo eleitoral, agora como pré-candidato e a partir de agosto, se Deus quiser, como candidato. É o dever da responsabilidade que me chama, pela quantidade de ações que ainda temos que desenvolver e considerando todo o conhecimento que tenho desse Estado", completou o governador.
Casagrande também citou os desafios enfrentados durante o seu governo e ressaltou a capacidade de realização para os próximos anos, caso seja reeleito. "Fizemos muita coisa em três anos. Fizemos a felicidade de muita gente, mas sei que o melhor está por vir. Tenho certeza que o que a gente fez até agora preparou esse Estado para ter ainda mais velocidade nos próximos anos", destacou.
O anúncio de Casagrande também busca fortalecer o PSB nas conversas com aliados, uma vez que seis pré-candidatos de oposição ao governador têm se movimentado para tirar alguns dos partidos que atualmente estão no seu arco de aliados, tais como o PP, o MDB e a federação formada por Cidadania e PSDB.
A aliança com o PT, que consequentemente levará à retirada do nome do senador Fabiano Contarato (PT) da disputa para governador, deve ser confirmada nesta terça-feira (12).
"Tivemos uma conversa na semana passada e teremos outra amanhã (terça-feira) para saber como o PT avançou com relação a sua posição. Sempre tivemos total respeito em relação ao pré-candidato do PT, que é o Fabiano Contarato. Há um pedido da direção do PT e do PSB, pelos entendimentos nacionais, para que os partidos possam caminhar juntos aqui", afirmou Casagrande.
"O Partido dos Trabalhadores tem uma prioridade, que é a eleição do presidente Lula, e o PSB se incorporou com o candidato a vice, Geraldo Alckmin. O PT está maduro sobre as suas prioridades. Não temos pressa. Se tiver presença do PT (na aliança), tem de ser de forma natural, cautelosa, para não termos frustração no decorrer do processo eleitoral. A conversa está muito madura e está sendo muito produtiva", acrescentou o governador.
Renato Casagrande destacou ainda que a definição do vice na chapa ao governo e do nome que apoiará ao Senado serão os próximos passos. Em relação a vice-governador, ele deseja alguém agregue, como a atual vice Jacqueline Moraes (PSB) e o seu vice de 2011 a 2014, Givaldo Vieira (PSB), na época indicado pelo PT.
"A definição será em conjunto com os partidos que estão discutindo alianças", afirmou Casagrande.
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