O governador Renato Casagrande (PSB) defendeu neste sábado (4) investigação sobre o caso das joias que teriam sido dadas de presente à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita. Conforme revelado pelo Estadão, em outubro de 2021, um militar que assessorava o então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) tentou desembarcar no Brasil com uma série de artigos de luxo na mochila, incluindo um colar, um relógio, um par de brincos e um anel avaliados em mais de R$ 16,5 milhões.
Como os bens não haviam sido declarados, foram apreendidos pela Receita Federal.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Casagrande disse que está acompanhando de longe o caso, mas destacou que é preciso apurar, investigar, para poder ficar claro e transparente a suspeita de mistura da atividade pública e da atividade privada. "Até porque é um valor significativo da joia, é investigação”, afirmou.
As declarações do governador do Estado foram dadas após o 7º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), realizado na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
De acordo com as declarações de Casagrande ao Valor Econômico, "não é possível tirar conclusões sobre a propriedade das joias". "Quem está na vida pública tem que ter muito cuidado para não misturar as coisas. Aqui não podemos fazer nenhuma ilação com relação ao pertencimento do patrimônio e da joia. Mas é preciso cuidado para que de fato os mecanismos e a estrutura pública não sejam usados, não se misturem com a vida privada”, disse.
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