Enquanto os deputados estaduais eleitos e reeleitos se movimentam nos bastidores para se viabilizarem para a disputa pelo comando da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) para os próximos dois anos, o governador reeleito do Estado, Renato Casagrande (PSB), por enquanto, acompanha as conversas a distância.
Ele defende que “seja uma chapa de consenso” e ressaltou que poderá conversar um pouco mais sobre o assunto no mês de janeiro, depois de assumir o novo mandato. Mesmo assim, assegurou que vai participar das conversas, “mas é um assunto que está relacionado e afeto à ação dos parlamentares”.
A eleição da Mesa Diretora da Assembleia será no dia 1º de fevereiro de 2023, mesma data da posse dos parlamentares eleitos para ocupar uma cadeira na Casa.
Entre os cotados para liderar a chapa estão os deputados reeleitos Marcelo Santos (Podemos) e Raquel Lessa (PP). Os dois compõem a Mesa Diretora atual da Assembleia, sendo que o deputado é o 1º vice-presidente e a parlamentar ocupa o cargo de 3º secretária. Marcelo vai assumir em fevereiro o sexto mandato consecutivo e tem feito algumas críticas ao PSB em meio às discussões para a eleição para o comando da Ales.
Também aparecem como cotados para a Presidência da Casa os deputados estaduais eleitos Tyago Hoffmann (PSB), que vai exercer seu primeiro mandato na Assembleia, e João Coser (PT), que retorna à Casa depois de mais de 20 anos e após 10 anos sem mandatos — ele foi prefeito de Vitória até 2012.
“Os deputados estão conversando e acho que eles precisam conversar para tentar achar uma candidatura que seja agregadora da grande maioria. Acho difícil uma chapa que agregue os 30 deputados. Eu, por enquanto, estou acompanhando a distância”, garantiu Casagrande, em entrevista para A Gazeta, mas sem mencionar nomes.
Para o governador, a defesa da chapa de consenso tem como objetivo manter as boas relações entre o Poder Executivo e o Legislativo capixaba.
A formação de chapa única tem sido uma tradição na Assembleia Legislativa nos últimos anos e a expectativa entre os deputados é de que seja mantida, apesar da composição bem heterogênea da bancada eleita em outubro deste ano, com 14 siglas diferentes com assentos na Casa e o PL com o maior número de cadeiras: cinco.
Os deputados estaduais se movimentam de olho no comando da Assembleia, mas evitam falar sobre a disputa abertamente ou até mesmo se declararem candidatos, pois sabem que uma candidatura antecipada pode ser desidratada até a data da eleição. Alguns assumem que já se reuniram com outros colegas desde o fim do segundo turno das eleições 2022, mas somente em conversas reservadas ou alegando que o tema dos encontros foram outros.
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