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Casagrande diz que ataques às eleições são "manobras com destino imprevisível"

Casagrande diz que ataques às eleições são "manobras com destino imprevisível"

Governador do ES não citou nomes, mas se manifestou após o presidente Jair Bolsonaro ameaçar que pode não haver eleições no Brasil em 2022

Publicado em 9 de julho de 2021 às 17:30

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Referente ao ano de 2020
Renato Casagrande perdeu a eleição de 2014 e venceu a de 2018, ambas com o uso de urnas eletrônicas. (Ellen Campanharo)

Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ameaçar, mais de uma vez, que pode não haver eleições em 2022 no Brasil, o governador do Espirito Santo, Renato Casagrande (PSB) afirmou nesta sexta-feira (09), sem citar nomes, que "os frequentes ataques à democracia (...) a tentativa de macular o sistema eleitoral brasileiro indicam um conjunto de manobras com destino imprevisível".

O governador ainda registrou, em publicação no Twitter, que é preciso "uma ação forte de resistência para que não reste dúvidas sobre o futuro da democracia".

Além de questionar o sistema eleitoral, sem provas, dizendo haver fraude nas urnas eletrônicas, Bolsonaro insiste na aprovação do voto impresso para 2022 como condicionante para a realização do pleito do ano que vem.

O próprio Bolsonaro já foi eleito pelo sistema eletrônico diversas vezes como deputado e como presidente da República em 2018. O presidente sustenta que o voto impresso é auditável, para comprovar se o resultado foi aquele mesmo. O voto eletrônico, no entanto, também é auditável.

E o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, alertou que com a impressão de um comprovante impresso é que aumentam as chances de fraude e de violação ao sigilo do voto. Em resposta, Bolsonaro chamou Barroso de "imbecil".

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito para comandar a Casa com o apoio do presidente da República, também reagiu aos arroubos de Bolsonaro. Ele se solidarizou com Barroso e garantiu que vai, sim, haver eleições em 2022, pois é o que determina a Constituição.

O demista contemporizou, contudo, dizendo ser possível, se o Congresso aprovar, a adoção do voto impresso.

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