Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ameaçar, mais de uma vez, que pode não haver eleições em 2022 no Brasil, o governador do Espirito Santo, Renato Casagrande (PSB) afirmou nesta sexta-feira (09), sem citar nomes, que "os frequentes ataques à democracia (...) a tentativa de macular o sistema eleitoral brasileiro indicam um conjunto de manobras com destino imprevisível".
O governador ainda registrou, em publicação no Twitter, que é preciso "uma ação forte de resistência para que não reste dúvidas sobre o futuro da democracia".
Além de questionar o sistema eleitoral, sem provas, dizendo haver fraude nas urnas eletrônicas, Bolsonaro insiste na aprovação do voto impresso para 2022 como condicionante para a realização do pleito do ano que vem.
O próprio Bolsonaro já foi eleito pelo sistema eletrônico diversas vezes como deputado e como presidente da República em 2018. O presidente sustenta que o voto impresso é auditável, para comprovar se o resultado foi aquele mesmo. O voto eletrônico, no entanto, também é auditável.
E o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, alertou que com a impressão de um comprovante impresso é que aumentam as chances de fraude e de violação ao sigilo do voto. Em resposta, Bolsonaro chamou Barroso de "imbecil".
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito para comandar a Casa com o apoio do presidente da República, também reagiu aos arroubos de Bolsonaro. Ele se solidarizou com Barroso e garantiu que vai, sim, haver eleições em 2022, pois é o que determina a Constituição.
O demista contemporizou, contudo, dizendo ser possível, se o Congresso aprovar, a adoção do voto impresso.
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