O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), se manifestou nas redes sociais sobre o dia 31 de março, data que marca os 57 anos do golpe militar no país. Na postagem, ele exalta a democracia, considerando ser o único caminho para avançar nos direitos individuais e coletivos.
O golpe deu início à ditadura militar no país, que ficou sob esse regime por 21 anos. No período, direitos da população foram suprimidos, houve censura, fechamento do Congresso, além de perseguição, tortura e morte de opositores - em cargos políticos ou não.
A manifestação de Casagrande vai de encontro ao posicionamento do governo federal, que considera que a data deva ser celebrada. O vice-presidente Hamilton Mourão, também em redes sociais, disse que neste dia, há 57 anos, a população, com apoio das Forças Armadas, impediu que o comunismo se instalasse no país. E concluiu a postagem: "Força e Honra"
Já o novo ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto, disse nesta terça-feira (30) que o episódio que instalou a ditadura, em 1964, é "parte da trajetória histórica" do Brasil.
"O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março", escreveu o general na Ordem do Dia, documento em alusão ao golpe.
O governador de São Paulo, João Doria, seguiu na mesma linha de Casagrande, em defesa da democracia, e criticou a carta. "Como filho de um deputado cassado que viveu 10 anos no exílio, considero uma afronta essa carta propondo a celebração de um golpe militar que vitimou milhares de brasileiros, não só da política - pessoas que foram silenciadas, maltratadas e altamente prejudicadas", afirmou.
Com informações da Folhapress
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta