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Casagrande ou Manato? Para quem vai apoio de políticos e lideranças do ES

Casagrande ou Manato? Para quem vai apoio de políticos e lideranças do ES

Várias lideranças, incluindo candidatos vitoriosos e derrotados no primeiro turno, declararam em quem vão votar no segundo turno para governador e presidente

Publicado em 11 de outubro de 2022 às 09:35

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Casagrande e Manato são os mais bem colocados na pesquisa Ipec para o governo do ES
Casagrande e Manato disputam apoio de lideranças no segundo turno para o governo do ES. (Arte A Gazeta)
Ednalva Andrade
Repórter / [email protected]
Casagrande ou Manato? Para quem vai apoio de políticos e lideranças do ES

A campanha eleitoral para a disputa ao governo do Espírito Santo no segundo turno começou há uma semana, com as lideranças políticas e os candidatos que participaram do primeiro turno se posicionando sobre qual lado estarão no dia 30 de outubro: apoiando a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB) ou a candidatura de Manato (PL).

O posicionamento da maioria dessas lideranças vai além da disputa estadual e inclui também quem cada um vai apoiar na corrida pelo comando do Palácio do Planalto nessa segunda etapa da disputa presidencial: o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A posição mais frequente entre as lideranças e os políticos é a defesa de uma dupla reeleição, para o governo do Estado e para a Presidência da República.

Na lista de lideranças que se posicionaram estão os atuais deputados federais e os eleitos para os próximos quatro anos, senadores, prefeitos da Grande Vitória, deputados estaduais mais votados para a Assembleia Legislativa,  candidatos que concorreram ao governo do Estado e ao Senado nas eleições 2022, entre outros.

Na segunda-feira (10), foi a vez de o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) declarar apoio ao candidato do PSB, contra quem concorreu ao Palácio Anchieta nas eleições de 2010. Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Luiz Paulo enfatiza que "o Espírito Santo já evoluiu muito e não pode andar para trás". 

"Eu sei como foi difícil sair da situação em que a gente estava, com ameaça de intervenção federal, sem credibilidade. Reeleger Casagrande é o único caminho para a gente continuar andando para a frente", defendeu o ex-prefeito da Capital capixaba.

 A fala dele faz referência ao início dos anos 2000, quando foi solicitada intervenção federal no Estado em razão de um grande número de crimes sem solução, casos de corrupção e envolvimento de autoridades dos três Poderes — Legislativo, Executivo e Judiciário —  com o crime organizado, além de empresários.

O tema "retrocesso" tem pautado a campanha casagrandista no segundo turno, enquanto o candidato do PL prega mudança apoiando-se no bolsonarismo, até mesmo pelo fato de Bolsonaro ter vencido a disputa no Espírito Santo no primeiro turno e ter sido o mais votado em 56 municípios. 

A vitória do presidente no Estado, inclusive, motivou a declaração de apoio de diversas lideranças a Casagrande e Bolsonaro ao mesmo tempo, movimento que tem sido chamado de "CasaNaro" ou "BolsoGrande". Esse grupo é maioria entre os políticos que se posicionaram até agora, com destaque para lideranças do PP e do Podemos, partidos que estão na coligação do atual governador. Manato criticou a estratégia e disse que "é desespero" do adversário.

Oficialmente, Casagrande apoia Lula na disputa presidencial, pois o PSB é o partido do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, vice do petista. O candidato à reeleição reafirmou o apoio a Lula na última semana. Porém, no Espírito Santo, apenas lideranças do PT, como o senador Fabiano Contarato, deputados federais e estaduais da legenda e a deputada estadual eleita Camila Valadão (Psol) pregam voto em Casagrande e Lula abertamente. 

Já entre políticos de partidos que estão na aliança de Casagrande e também apoiam Lula no segundo turno em nível nacional, como PDT e o próprio PSB, o silêncio predomina. O prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), é um dos que ainda não declararam seu voto para presidente no segundo turno. Ele alegou que ainda precisa ouvir o partido em nível estadual.

No PSB, o deputado federal reeleito Paulo Foletto e o deputado estadual eleito Tyago Hoffmann são alguns dos que ainda não se posicionaram sobre a disputa presidencial e focam apenas no palanque regional. Uma das exceções no PSB é a vice-governadora Jacqueline Moraes, que desde antes do primeiro turno deixou explícito seu apoio a Lula na disputa pelo Planalto.

Já entre os que declararam voto em Manato, o apoio a Bolsonaro é praticamente uma regra. Até o momento, apenas o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos, que deixou a Rede para apoiar o candidato do PL a governador, não explicitou seu voto na disputa presidencial. Todos os demais afirmaram que vão votar nos candidatos do PL para o governo estadual e federal.

Nesse grupo estão várias lideranças do Republicanos, partido que não declarou apoio a nenhum candidato a governador no primeiro turno e caminhou somente com a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso, para o Senado. Derrotado na corrida para senador, Erick foi um dos que decidiram apoiar explicitamente Manato na última semana.

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