Depois dos atos golpistas realizados em Brasília, com a invasão às sedes dos Três Poderes, e diante da possibilidade de serem organizadas novas manifestações de bolsonaristas radicais, inclusive nos Estados, o governador Renato Casagrande (PSB) vai criar um Gabinete de Gestão de Crise no Espírito Santo.
O decreto para instituir o gabinete será assinado na tarde desta quinta-feira (12), no Palácio Anchieta.
O Gabinete de Gestão de Crise vai atuar na coordenação das ações de prevenção, monitoramento e resposta às atividades que atentem contra o Estado Democrático de Direito.
Na tarde desta quinta-feira (11), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), em conjunto com a Guarda Municipal de Vitória, já atuou reforçando o policiamento na Praça do Papa, pois uma manifestação divulgada pelas redes sociais estava prevista para acontecer às 18h no local.
A medida foi tomada definida pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), ativado pela Sesp nesta quarta com participação de Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Guarda Municipal de Vitória e Subsecretaria de Inteligência, com objetivo de realizar o monitoramento, em tempo real, de qualquer movimentação que vá de encontro ao que foi determinado pelo STF.
A criação do modelo de coordenação das ações de prevenção contra atos golpistas chegou a ser sugerida pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), a exemplo do que fez em seu Estado, durante a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os governadores de todas as entidades da Federação.
No Rio Grande do Sul, o gabinete de crise reúne todas as forças de segurança e órgãos de controle como o Ministério Público, Ministério Público Federal e a Polícia Federal.
Na manhã desta quarta-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que autoridades de todos os níveis federativos adotem as providências necessárias para impedir tentativas de ocupação ou bloqueio de vias públicas, assim como de espaços e prédios públicos em todo o território nacional.
O STF ainda determinou prisão em flagrante e multas, que vão de R$ 20 mil a R$ 100 mil, para os que descumprirem a ordem judicial.
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