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Caso Luiz Durão: 'Eu quero morrer', disse adolescente para amiga

Caso Luiz Durão: "Eu quero morrer", disse adolescente para amiga

Declaração está na denúncia apresentada pelo procurador-geral de Justiça, Eder Pontes. O deputado foi flagrado ao sair de um motel, na Serra, com a jovem no último dia 4

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 14:59

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Deputado Luiz Durão na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). ( Fernando Madeira)

"Eu quero morrer." Essa foi uma das mensagens enviadas via celular pela adolescente de 17 anos com a qual o deputado estadual Luiz Durão (PDT) foi flagrado ao sair de um motel na Serra no último dia 4. Segundo a denúncia do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, ela encaminhou o texto "após ter sido estuprada".

"Denota sentimento de culpa, muito comum em vítimas de crimes dessa natureza, restando demonstrado o preenchimento de todos os requisitos para a configuração do delito", frisou o procurador.

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Outras mensagens de celular da menina também levaram o procurador a concluir que o deputado fez graves ameaças comportamental, gestual e verbal. Em conversa via aplicativo com uma amiga, a adolescente relatou estar "sofrendo assédio", "chorando", "sem reação", que "não conseguia falar e nem fazer nada", que estava "com medo" e que fez "o que ele queria para acabar com isso logo".

A denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral de Justiça ainda diz que o parlamentar premeditou o crime e que agiu para destruir "psicologicamente a resistência da vítima". "Percebe-se uma relação de clara ascensão sobre a vítima, a qual foi ordenada a desligar o celular, deitar-se na cama e a ficar quieta (se 'acalmar'), pois assim seria rápido, o que foi grave o suficiente para derruir (destruir) psicologicamente a resistência da vítima, que sucumbiu mesmo contra a sua vontade", diz o texto da denúncia. 

Por se tratar de uma menor de idade, o processo tramita sob sigilo. Informações que podem identificar a adolescente não estão sendo publicadas pelo Gazeta Online.

DEFESA

defesa de Luiz Durão afirmou, no domingo (13), que a denúncia foi produzida a "toque de caixa", ignorando a chance de o parlamentar se manifestar e de o inquérito incluir informações que os advogados dele consideram importantes. "Não produziram provas, foi tudo muito corrido. Denunciaram só com a peça de informação do flagrante. No pedido de reconsideração, colocamos a informação de que o núcleo do estupro é violência ou grave ameaça. Não existe relato de violência ou grave ameaça", disse o advogado Lucas Scaramussa. 

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Luiz Durão está preso no Quartel do Corpo de Bombeiros, em Vitória.

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