Marcadas para outubro, as eleições municipais estão movimentando o cenário político de Vitória. A disputa pela Prefeitura da Capital já desenha uma rota de colisão entre partidos aliados, o Cidadania e o PSB.
Um dia após assinar o livro de pré-candidatos a prefeito de Vitória pelo PSB, o vice-prefeito Sergio Sá foi exonerado do cargo de secretário municipal de Obras e Habitação pelo prefeito Luciano Rezende (Cidadania).
Em dezembro do ano passado, o chefe do Executivo municipal acompanhou o lançamento da pré-candidatura do deputado estadual Fabricio Gandini à Prefeitura de Vitória. Gandini é o atual presidente estadual do Cidadania.
Para Sérgio Sá, a exoneração dele foi entendida como uma resposta negativa ao interesse em disputar as eleições municipais deste ano. Ele já estava há sete anos na função de chefe da pasta responsável pelas obras e questões habitacionais.
No lugar dele, Weverton Santos Moraes foi nomeado como secretário interino. Por nota, o prefeito Luciano Rezende (Cidadania) informou que a mudança é fundamental para manter a boa prestação de serviço público.
"A manutenção do comando e unidade do governo é fundamental para nós mantermos a nossa conhecida e excelente qualidade na prestação de serviços à população. Todas as vezes que tive de mudar a equipe para que isso fosse garantido, eu fiz e farei até o último dia de governo."
Diferentemente do que acredita Sérgio Sá, o presidente estadual do PSB, Alberto Gavini, interpreta a exoneração como uma questão administrativa adequada. Ele garante que a decisão não afetou a relação e nem as alianças municipais e estaduais já construídas pelas duas siglas.
A executiva municipal informou que as lideranças têm até segunda-feira (3) para assinar o livro de pré-candidaturas. Além do vice-prefeito, o PSB conta também com o deputado estadual Sergio Majeski, e os vereadores Davi Esmael e Nathan Medeiros, licenciado por assumir a secretaria da Central de Serviços de Vitória.
"O PSB é um partido que tem projeto para chegar à prefeitura. Nós temos lideranças que hoje são capacitadas a estar pleiteando a uma disputa de prefeito na Capital. Como é uma eleição de dois turnos, são duas eleições totalmente distintas uma da outra. Quem tem liderança e acha que está capacitado para fazer o enfrentamento, está no direito de lançar a candidatura", afirma.
Embora também avalie como uma manobra natural a pré-candidatura do vice-prefeito, Gandini acredita na manutenção da aliança entre os dois partidos. O deputado destaca que a parceria nas eleições para o governo do Estado e a relação histórica entre as siglas favoreçam uma parceria já no primeiro turno em outubro.
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