Com sete votos a favor e cinco contra, a Câmara de Alegre, no Sul do Espírito Santo, aprovou o aumento dos salários dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais a partir de 2025 em até 64%, além do pagamento de 13º salário para o primeiro escalão da prefeitura e para os parlamentares.
Pelos textos aprovados, o prefeito passará a receber R$ 19 mil; o vice-prefeito, R$ 9,5 mil; e os secretários municipais e os vereadores, R$ 7,2 mil. Os projetos foram aprovados na noite desta segunda-feira (13), em sessão que começou às 20h.
O texto do projeto de Lei 002/2023, relativo ao subsídio dos vereadores, ainda prevê um adicional de R$ 1,5 mil para o ocupante do cargo de presidente da Câmara. Com isso, o presidente da Casa na próxima legislatura vai receber R$ 8,7 mil.
Em nota, a Câmara de Alegre informou que o impacto financeiro será de R$ 443.421,12 por ano, a partir de 2025.
Os projetos aprovados serão encaminhados pelo presidente do Legislativo de Alegre, Renato Viana (PL), para sanção do prefeito do município, Nemrod Emerick (Solidariedade), o Nirrô, que terá 15 dias para se manifestar a partir do recebimento das matérias.
Veja como votaram os vereadores nos dois projetos:
O presidente da Casa ressaltou que o teto do que os vereadores de Alegre poderiam receber ficaria em torno de R$ 8 mil e o valor aprovado está abaixo disso. "Eu não fico em cima do muro. Não votei em nenhum projeto, mas gostaria até que empatasse para eu poder votar e desempatar", ressaltou.
Durante a sessão, diversos vereadores se manifestaram para reforçar posição contrária aos projetos, principalmente os que votaram não.
O vereador Gilmar Mattos (Avante) foi um dos que usaram a tribuna da Casa para criticar o projeto de autoria da Mesa Diretora da Câmara que prevê 13º salário e aumento de até 60% no valor dos vencimentos de prefeito, vice-prefeito e secretários do município de Alegre para o próximo mandato. “O prefeito fala que o município está falido, cheio de dívidas. Como explica esse projeto?”, indagou. Ele ainda defendeu que o prefeito vete os projetos aprovados.
Para o vereador Fabinho do Caminhão (Avante), depois "todos vão ver a falta que vai fazer esse dinheiro ao nosso município".
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