O deputado estadual Lorenzo Pazolini (Republicanos) foi oficializado como candidato à Prefeitura de Vitória exibindo o apoio de partidos e políticos tradicionais da cidade. A convenção do Republicanos foi realizada na noite desta terça-feira (15) no auditório de uma faculdade da Capital.
Lideranças como o presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), o ex-deputado federal Lelo Coimbra e a ex-deputada estadual Luzia Toledo, ambos do MDB, o presidente da Câmara de Vitória, Cléber Félix (DEM), e o presidente do Solidariedade, Luciano Gagno, subiram no palanque para formalizar o endosso a Pazolini.
Na convenção ainda não foi anunciada a definição do vice, cuja discussão ainda deve ficar para a reta final do prazo de registro das candidaturas, que vence em 26 de setembro, quando a coligação estiver formada em definitivo. Outros partidos, como o PSDB, o PP e o PL, por exemplo, ainda mantêm conversas com o Republicanos sobre a possibilidade de alianças. A vereadora Neuzinha de Oliveira (PSDB) foi uma das que já recebeu o convite para a vaga.
Em seu discurso, Pazolini destacou que tem sido "atacado duramente nas últimas semanas" e que nos últimos dias "foram madrugadas acordado, recebendo propostas para nos aliciar, como se nós tivéssemos preço", sem dizer a quais grupos políticos se referia. Afirmou, no entanto, que decidiu se manter no páreo "graças aos homens e mulheres de bem que estão ao seu lado".
"Política é o lugar para homens e mulheres de bem. A boa política constrói, edifica. Cheguei com humildade na Assembleia e no início foi difícil, houve um choque de gerações. Mas tenho conseguido fazer o meu trabalho, graças ao apoio de líderes, como o presidente Erick Musso. Recebi o convite do presidente [do Republicanos], Roberto Carneiro, para que pudesse liderar um novo projeto por Vitória, que não pode ter um prefeito que só diga amém. Não dá para ficar pendurado na política a vida toda", declarou.
Pazolini também relembrou sua trajetória profissional, com passagens como auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCES) e, depois, como delegado, na área de proteção à criança e ao adolescente, colocando-se, portanto, como conhecedor das contas públicas e das questões sociais, e convocando os apoiadores para um momento de "virada".
"Vitória investe menos que Serra e Cariacica. Para onde está indo este dinheiro? Essa é a pergunta que vamos responder quando estivermos lá. Nós vamos continuar com essa batalha, olhando nos olhos das pessoas, desprovidos de soberba. Não dá para aceitar uma Capital do Estado ser comandada por duas pessoas. Vitória perdeu o protagonismo. Não cabe mais discursos de segregação, de ter uma cidade dividida ao meio, em que o lado que mais precisa é esquecido", acrescentou.
O deputado Erick Musso, hoje correligionário de Pazolini, destacou, em seu discurso, que acredita em um tempo de uma mudança geracional da política do Espírito Santo.
"Estou do seu lado porque um homem que construiu a sua trajetória, cuidando das crianças e das famílias, como delegado, vai cuidar muito melhor da população como prefeito de Vitória. Foi o 2º deputado estadual mais bem votado do Espírito Santo, em 2018. Seja surdo quando pessoas negativas estiverem perto de você", afirmou, citando a metáfora sobre uma corrida de sapos, em que vence um sapo surdo.
Lelo Coimbra e Luzia Toledo também discursaram. O MDB chegou a divulgar que teria a pré-candidatura de Luzia, e na convenção do partido, feita virtualmente no último dia 5, decidiu deixar a ata em aberto para fechar as alianças posteriormente. No entanto, já admitia que as tratativas mais avançadas eram com o grupo de Pazolini.
O DEM formalizou a aliança com o Republicanos na segunda-feira (14), após a desistência oficial da pré-candidatura de Cléber Félix, e do apoio à pré-candidatura de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que Theodorico Ferraço tentava viabilizar não ter sido consumado.
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