O prefeito de Água Doce do Norte, Paulo Márcio Leite (PSB), foi sedado e intubado na noite da última terça-feira (14). Respirando, agora, com o auxílio de ventiladores mecânicos, Paulo Márcio teve dificuldades respiratórias e precisou passar pelo procedimento. A informação foi confirmada pela prefeitura do município para a reportagem de A Gazeta.
Ele está internado na UTI do Hospital Maternidade São José, em Colatina, desde o último dia 7 de julho. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o prefeito testou positivo para o novo coronavírus. Em uma mensagem publicada às 20h25 pela pasta em sua página no Facebook, o órgão informou que ele teve uma piora em seu quadro clínico, necessitou de intubação e que tem tido dias de dor e solidão no hospital.
A cidade, desde a última terça-feira, está sendo governada pelo vice-prefeito, Jacy Donato (PV). A situação política do município ganhou repercussão após a internação de Paulo Márcio e a ausência do vice-prefeito, que morava, pelo menos desde 2018, nos Estados Unidos. O Portal da Transparência da prefeitura de Água Doce registrou o pagamento de salários a ele durante todo o período.
Por uma semana, a cidade foi comandada pelos secretários, com a coordenação da secretária de Administração, Edilamar Araujo Dias. No domingo, o presidente da Câmara, Rodrigo Gomes (PV), ligou para o vice-prefeito e conversou com ele sobre a impossibilidade de Paulo Márcio atuar, devido ao seu estado de saúde. Jacy retornou para a cidade na terça-feira, conversou com vereadores e se reuniu com secretários.
Segundo o vice, havia "pouco mais de um ano e meio" que não pisava em Água Doce do Norte, mas ele contou, à reportagem da TV Gazeta, que conversava com o prefeito e servidores da prefeitura, mesmo morando no exterior. Ao ser questionado por que não abriu mão dos salários ou renunciou ao cargo para deixar o país, ele disse ter agido "dentro da lei" e que se tivesse renunciado "não poderia assumir o município, caso houvesse necessidade, como agora".
A Câmara de Água Doce do Norte deve votar na próxima sessão, marcada para o dia 25, uma emenda à Lei Orgânica do município que impede que o prefeito e o vice-prefeito deixem o país por mais de 15 dias sem autorização do Legislativo. De acordo com o presidente da Câmara, já há unanimidade entre os vereadores para a aprovação da emenda, que precisa ser votada em dois turnos.
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