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Corrida eleitoral em Cachoeiro deve ter figurinhas repetidas

Corrida eleitoral em Cachoeiro deve ter figurinhas repetidas

Vitor Coelho pode ser reeleito e ex-chefes do Executivo municipal, como Carlos Casteglione e Theodorico Ferraço, também sinalizam candidaturas

Publicado em 13 de outubro de 2019 às 20:05

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Sede da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. (Prefeitura de Cachoeiro/Divulgação)

Em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Estado, as eleições municipais, no ano que vem, devem contar com muitos rostos conhecidos e, inclusive, com a possibilidade de reeleição. No total, há oito pré-candidatos, entre eles  ex-chefes do Executivo municipal, como Carlos Casteglione e Theodorico Ferraço.  (Veja a lista de pré-candidatos no fim desta reportagem.)

O atual prefeito, Victor Coelho, é a aposta do PSB estadual. Mesmo ele não confirmando a pré-candidatura, o partido já sinaliza esse interesse.

“O PSB prioriza a reeleição dele, e vai se empenhar completamente para conversar com a sociedade, com as entidades e com os partidos aliados para viabilizar isso de forma mais concreta”, diz o secretário-geral do partido no Estado, Carlos Rafael. E como  o governador Renato Casagrande é figura contínua de apoio a Coelho, nos bastidores já se dá como certo seu suporte. No entanto, o chefe do Executivo do Estado informou, por nota, que por enquanto não está tratando de eleições , assunto que está deixando a cargo do partido.

Do mesmo partido, o vereador Alexandre Bastos também quer entrar na disputa à prefeitura. Para isso, renunciou a seu cargo como presidente municipal da sigla na última sexta-feira (11). Ele justificou que não quer criar nenhum constrangimento, já que o PSB tem demonstrado apoio à reeleição de Victor Coelho. Alexandre indicou que deve mudar de partido, mas, pela lei eleitoral, só pode fazer isso na próxima janela partidária - período de 30 dias no início de todo ano eleitoral, seis meses antes do pleito. Ou seja, em abril.

“Tenho 20 anos de partido e estou no sexto mandato de vereador. Na eleição passada (2016), eu era o pré-candidato e abri mão para o Victor entrar na disputa. Hoje, não é só um desejo meu ser prefeito, mas de parte da população que está me cobrando. Se não for candidato pelo PSB, posso migrar para outro partido no momento que for permitido. Já tenho convites”, explica Bastos.

Já Coelho prefere não falar do assunto e disse, por meio de nota, “que está focado na gestão e nas entregas programadas até o final do ano. E que o tema reeleição só será tratado a partir do ano que vem”.

DE VOLTA

Apesar da indicação de que Coelho será a aposta, o deputado estadual e ex-prefeito de Cachoeiro Theodorico Ferraço (DEM) diz que aguarda a real definição do PSB para determinar se será ou não candidato desta vez. Isso porque há possibilidade de fazer uma coligação com a sigla socialista, mas dependerá do nome indicado. Então, previamente, já se colocou à disposição para entrar na disputa.

“Eu acho que deve unir os candidatos e sujeitar um nome a população previamente. Eu, por exemplo, dependendo quem for o candidato do governador pelo PSB, eu posso colocar meu nome à disposição do povo de Cachoeiro. Eu não quero confronto com ninguém, mas é possível colocar meu nome em uma pré-candidatura. Eu tenho uma história de amor com Cachoeiro, então a cidade me conhece.”

Na última eleição municipal, Ferraço não foi candidato, mas apoiou Jathir Moreira (hoje PSL).

Quem também pretende voltar ao Palácio Bernardino Monteiro, sede do governo municipal, como chefe do Executivo é o ex-prefeito Carlos Casteglione (PT). “Eu já me coloquei à disposição do partido. O importante é o que o PT tenha um nome para Cachoeiro”, diz ele que esteve à frente da cidade por oito anos.

SANGUE NOVO

O atual vice-prefeito, Jonas Nogueira (PSL), que já ficou no comando do município por 10 dias no ano passado durante a viagem de Coelho para a China, também pretende concorrer à prefeitura.

Nogueira tentou em 2018 o cargo de deputado federal pelo PP, seu então partido, mas não foi eleito. Agora, está focado na eleição para prefeito. “Minha pré-candidatura está definida. Mas estamos em diálogo com outras siglas direita e centro e direita, que podem não prosseguir com as suas candidaturas, e integrar uma forte aliança."

Podendo trazer uma figura mais nova na próxima eleição, o PMN já apresentou o nome do empresário Bruno Ramos, que levanta a bandeira do desenvolvimento econômico do município. 

As mulheres têm até agora duas representantes para a disputa eleitoral na cidade. São elas a vereadora Renata Fiório (PSD), que está em seu primeiro mandato, e a advogada Fayda Belo (PP), que foi candidata a deputada federal no ano passado.

Partidos como o PDT, que tem nesta legislatura três vereadores, e o MDB, que historicamente foi o que mais elegeu prefeito em Cachoeiro, ainda não se manifestaram como um nome a ser trabalhado, mas garantem estar de olho no que acontece nos bastidores da política cachoeirense.

“Hoje a maioria dos partidos tem que crescer municipalmente, até porque as coligações só são definidas em junho. O PDT tem sim a intenção de criar uma proposta para a cidade com a criação de candidatura ou coligando com outros que abracem a propostas do PDT. Temos a possibilidade de ter chapa completa, mas também queremos ouvir propostas de outros partidos.”, explicou Fabrício do Zumbi, presidente municipal do PDT.

O presidente do MDB em Cachoeiro, Rogério Athaíde, também está buscando o fortalecimento do partido que está processo de reestruturação, para depois pensar na apresentação ou apoio a um candidato. “Estamos abertos a conversar com todos os partidos, sem exceção. Não vamos novamente cometer o mesmo erro da eleição passada. Precisamos de um candidato que tenha estrutura para concorrer as eleições.

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  • 01

    Victor Coelho (PSB)

    Atual prefeito e, segundo o partido, deve concorrer às reeleições. Mas ele não confirma e diz por nota que, por hora, “está focado na gestão e nas entregas programadas até o final do ano”.

  • 02

    Alexandre Bastos (PSB)

    Vereador no sexto mandato, é presidente municipal do partido. Mas o PSB estadual aponta que deve priorizar a reeleição do atual prefeito. Para concorrer a vaga, Bastos cogita até mudar de sigla.

  • 03

    Bruno Ramos (PMN)

    Empresário e candidato pela primeira vez, teve o nome já apresentado pelo partido para a disputa. “O objetivo é fazer a cidade crescer 20 anos em cinco. O PIB (Produto Interno Bruto) de Cachoeiro está defasado, e vamos destravar a burocracia para evitar o que está acontecendo, que são empresários cachoeirenses abrindo empresas em municípios vizinhos.”

  • 04

    Carlos Casteglione (PT)

    Foi prefeito por dois mandatos (2009-2016) e ex-deputado estadual, Casteglione também já passou por algumas secretarias estaduais como chefe das pastas. Agora, estuda voltar à disputa municipal.

  • 05

    Fayda Belo (PP)

    Advogada, foi candidata a deputada federal na última eleição. Fayda conta que o momento é de conversar com a sociedade e lideranças para fortalecer sua candidatura. “Aceitei com coragem a convocação feita pelo meu partido para colocar-me como pré-candidata. No momento certo poderemos mencionar quais são as siglas que estarão conosco nesse projeto.”

  • 06

    Jonas Nogueira (PSL)

    Advogado e atual vice-prefeito. Já exerceu mandato de vereador em duas legislaturas. "Não haverá diálogo para composição com PT, PSB, PSOL, PC do B, dentre outros partidos de esquerda, com posições antagônicas à nossa visão de valores e formas de conduzir a gestão pública”, diz ele sobre a candidatura pelo PSL. O desejo é fazer coligação com siglas de centro e direita.

  • 07

    Renata Fiório (PSD)

    Advogada e atual vereadora. Renata diz estar focada em representar as minorias. “Nossa proposta é ouvir quem não é ouvido e inovar nas propostas de gestão pública, atendendo e melhorando a situação das minorias. Certamente a mulher fará a diferença na gestão pública.”

  • 08

    Theodorico Ferraço (DEM)

    Deputado estadual, já foi presidente da Assembleia Legislativa e prefeito de Cachoeiro por quatro mandatos (nas gestões 1973-1977, 1989-1992 e 1997-2004, quando foi reeleito).

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