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CPMI dos atos golpistas: o que parlamentares do ES pensam sobre investigação

CPMI dos atos golpistas: o que parlamentares do ES pensam sobre investigação

Grupo misto vai ser formado por deputados federais e senadores e deve ser instalada na quarta-feira (26) para investigar os atos de 8 de janeiro

Publicado em 25 de abril de 2023 às 08:23

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Amaro Neto, Gilvan da Federal, Helder Salomão, Messias Donato, Fabiano Contarato, Da Vitória, Paulo Foletto, Magno Malta, Victor Linhalis e Gilson Daniel falaram posicionamento sobre CPMI
Amaro Neto, Gilvan da Federal, Helder Salomão, Messias Donato, Fabiano Contarato, Da Vitória, Paulo Foletto, Magno Malta, Victor Linhalis e Gilson Daniel falaram posicionamento sobre CPMI. (Montagem)
Ednalva Andrade
Repórter / [email protected]

Os parlamentares que compõem a bancada federal capixaba majoritariamente defendem a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Os trabalhos da comissão devem ser autorizados em sessão do Congresso Nacional, na próxima quarta-feira (26) Todos os deputados federais e senadores capixabas de partidos de oposição ou de siglas que não integram oficialmente a base governista assinaram o requerimento para criação da CPI mista — sete deputados e dois senadores.

Já os parlamentares da base governista são favoráveis à investigação para apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, bem como descobrir quem organizou e financiou tais atos, mesmo que eles não tenham assinado o pedido de criação da CPMI. 

A instalação da CPMI para investigar os ataques às sedes dos Poderes se tornou inevitável e ganhou aval de lideranças do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última semana, depois que foram divulgadas imagens das câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto no momento da invasão pelos golpistas. As imagens estavam sob sigilo e a divulgação delas causou a demissão do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias.

Ao menos três parlamentares capixabas passaram a defender a criação da CPI depois que as imagens vieram à tona — Amaro Neto (Republicanos) e os dois deputados do Podemos, Gilson Daniel e Victor Linhalis. Os três não integram a base governista. Os demais parlamentares de oposição haviam assinado o requerimento anteriormente.

Já entre os governistas, o senador Fabiano Contarato (PT) e os deputados Helder Salomão (PT) e Paulo Foletto (PSB) ressaltam a necessidade de uma investigação aprofundada, principalmente para descobrir quem financiou os atos de 8 de janeiro.

Com a proximidade da instalação da CPMI, parlamentares se movimentam para serem escolhidos ou indicados como membros da Comissão. O nome do senador Magno Malta (PL) surge entre os mais cotados para ocupar espaço reservado para a oposição e deve ser indicado pelo PL para uma vaga.

Os postos mais cobiçados são os de relator e presidente da CPMI e o governo tenta negociar para que aliados da base governista ocupem esses espaços, já que cada Casa Legislativa terá direito a indicar integrantes de acordo com os blocos partidários existentes. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) surge como um dos possíveis nomes para a relatoria, pois além de experiente também estaria mais próximo do governo Lula.

A relatoria desperta muito interesse, pois cabe ao relator definir os rumos da CPMI, elaborar o plano de trabalho com a previsão das pessoas a serem convocadas e convidadas a depor, assim como definir as linhas de investigação da comissão. Na imprensa nacional passou a circular informações sobre interesse de parlamentares governistas de convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a depor na CPMI.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, por sua vez, é responsável por ditar o ritmo dos trabalhos, conduzir os depoimentos e definir quais requerimentos serão ou não votados no colegiado.

O que dizem os parlamentares do Espírito Santo

Os deputados Evair de Melo (PP) e Jack Rocha (PT) e o senador Marcos do Val (Podemos) também foram procurados pela  reportagem para se manifestarem, por meio de suas assessorias, mas não houve retorno até o fechamento deste texto. O deputado do PP e o senador defendem a instalação da CPI desde o início do ano, enquanto a petista não assinou o requerimento, assim como os demais integrantes da base governista.

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