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Das 17 comissões, só Direitos Humanos ainda está em disputa na Assembleia

Das 17 comissões, só Direitos Humanos ainda está em disputa na Assembleia

Disputa pela presidência entre Camila Valadão (PSol) e Capitão Assumção (PL) ficou para depois do carnaval; outras 16 comissões já têm o comando definido

Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 19:11

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Deputados que vão compor a Comissão de Direitos Humanos
Os deputados Camila Valadão (Psol) e Capitão Assumção (PL) vão disputar o comando da Comissão de Direitos Humanos. (Lucas S. Costa/Ales)
Ednalva Andrade
Repórter / [email protected]

Os deputados estaduais concluíram, nesta quarta-feira (15), as mudanças nas comissões permanentes da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Apenas uma das 17 que funcionarão na atual legislatura não teve comando definido: a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, que tem a deputada Camila Valadão (Psol) e o deputado Capitão Assumção (PL) na disputa pela presidência.

Das 16 já definidas, o bloco de oposição conseguiu emplacar o presidente de três — Proteção à Criança e ao Adolescente, Turismo e Segurança. Essas comissões serão comandadas, respectivamente, pelos deputados Alcântaro Filho (Republicanos), Coronel Weliton (PTB) e Danilo Bahiense (PL), como parte dos acordos relativos à eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, conforme A Gazeta havia antecipado.

Os três integram o bloco oposicionista formado por PL, PTB e Republicanos e estavam no grupo que apoiava o nome do deputado Vandinho Leite (PSDB) na disputa pela presidência da Casa. Vandinho também vai estar à frente de uma comissão, a de Defesa do Consumidor, como parte da compensação por ter recuado na véspera da eleição para apoiar a chapa única liderada pelo atual presidente do Legislativo estadual, Marcelo Santos (Podemos), que contou com o apoio do governador Renato Casagrande (PSB).

Das 17 comissões, só Direitos Humanos ainda está em disputa na Assembleia

Como ficaram as comissões

Na sessão de terça-feira (14), os parlamentares aprovaram, em sessão extraordinária, o projeto de resolução que definiu a quantidade de membros das comissões permanentes, bem como os nomes dos titulares e suplentes de cada uma delas, e alterou de 16 para 17 o total de comissões, com a separação da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da de Política sobre Drogas. 

A divisão teve como objetivo contemplar os pedidos de todos os deputados e a nova Comissão de Política sobre Drogas ficou com o deputado da base governista Denninho Silva (União), que inicialmente pleiteava a de Segurança.

A eleição de presidente e vice das comissões desmembradas foi realizada nesta quarta-feira (15), assim como a de Ciência e Tecnologia, sendo que esta ficou sob o comando do deputado Pablo Muribeca (Patriota). O comando das demais foi definido na terça-feira (14), exceto as de Constituição e Justiça e a de Finanças, confirmado na segunda-feira (13). Veja abaixo quem vai presidir cada comissão:

A distribuição das vagas nas comissões seguiu a proporcionalidade dos blocos. Nas comissões com nove membros (Finanças, Agricultura e Segurança), o bloco governista liderado pelo deputado Dary Pagung (PSB) ficou com seis vagas de titulares, enquanto o bloco da oposição — PL, PTB e Republicanos — garantiu três nomes. Nas com sete ou cinco membros, foram destinadas duas vagas à oposição e nas com três membros, uma vaga para os oposicionistas.

Direitos Humanos é única com disputa

Logo após a sessão da Assembleia desta quarta-feira (15), os deputados Capitão Assumção e Lucas Polese, ambos do PL, tentaram realizar a eleição para a presidência da Comissão de Direitos Humanos sem a presença da deputada Iriny Lopes (PT), que é a mais idosa entre os membros titulares e deveria comandar os trabalhos até que haja a eleição de um presidente da comissão.

Depois do alerta de outros parlamentares, a eleição de presidente e vice da Comissão de Direitos Humanos ficou para depois do carnaval. Se mantidas as duas chapas previstas, será a única entre as 17 comissões permanentes a ter uma disputa  pelo comando. As outras 16 tiveram chapa única.

De um lado, Camila Valadão, que defende pautas progressistas, e, do outro, Capitão Assumção, deputado que defende pautas conservadoras e é um dos principais representantes do bolsonarismo no Espírito Santo. 

Iriny deve compor chapa como vice de Camila, enquanto Polese deve se unir a Assumção na outra chapa. Caberá ao quinto titular da comissão, o deputado Allan Ferreira (Podemos), decidir quem ficará à frente do grupo, caso a disputa seja mantida com esses nomes.

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