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Escolhido pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Davi Diniz, ex-secretário da Casa Civil do governo Renato Casagrande (PSB) tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES) na tarde desta terça-feira (12).
Diniz afirmou que ocupar um das cadeiras do Tribunal era um sonho antigo. Embora seu nome só tenha passado a ser mencionado para o posto no começo de 2024, a movimentação dele em direção ao cargo é anterior. "Desde 2013, eu já falava que um dia estaria aqui", disse, em coletiva de imprensa antes da cerimônia de posse.
A votação na Assembleia aconteceu em 4 de março. Diniz, único candidato na disputa, recebeu o apoio de 26 dos 28 deputados estaduais presentes no plenário.
Desde que surgiu a vaga na Corte de Contas, a partir da aposentadoria de Sérgio Borges, em janeiro deste ano, o nome do secretário de Casagrande apareceu como favorito. Um movimento chegou a ser ensaiado para que um deputado estadual fosse indicado ao cargo, mas não foi adiante. Na apresentação da candidatura, até Hudson Leal, que defendia que o futuro conselheiro fosse um parlamentar, endossou a indicação do secretário da Casa Civil.
Como a vaga aberta era de escolha do Legislativo, a Casa Civil, pasta responsável pela articulação entre o Executivo e os demais Poderes, era o local ideal para que Diniz estreitasse o relacionamento com aqueles que seriam seus futuros eleitores: os deputados estaduais.
"A escolha que eu faço em 2019 para ir para a Casa Civil foi justamente para estreitar os laços com os deputados e buscar me viabilizar e ter a oportunidade de disputar a vaga na aposentadoria do conselheiro Sérgio Borges. A única opção que eu teria de me tornar conselheiro é estar próximo dos deputados. Se você pegar a trajetória de todos os ex-chefes da Casa Civil que estão aqui, todos os não-deputados que vieram para cá, na sua maioria, passaram pela Casa Civil", afirma.
Assim, com a posse do novo membro, o governador do Estado emplacou mais um aliado no TCES, que é responsável por julgar processos e emitir pareceres a respeito de atos de gestão de prefeitos, presidentes de Câmaras, secretários municipais e estaduais e do próprio chefe do Executivo estadual.
Apesar de ter passado tantos anos no núcleo duro do governo estadual, o novo conselheiro diz creditar ter isenção para, eventualmente, relatar a prestação de contas de Casagrande.
Sobre seu perfil no cargo, ele disse ter afinidade com o "novo" Tribunal de Contas, menos punitivista e mais focado no diálogo e na orientação dos ordenadores de despesas.
"Quem está do lado de lá, na parte de gestão, saber que a realidade é complexa, é difícil. Muitas vezes não cumprir ou deixar de cumprir, ou cometer algum equívoco, não significa que houve dolo, que houve má-fé, que teve dano ao erário. Nos últimos anos, estabeleci muito mais diálogos e pontes do que qualquer outra coisa. Acredito que essas características de diálogo, de proximidade, eu me encaixo", observa.
Davi Diniz tem 43 anos, e é formado em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Administração de Empresas pela Multivix. Possui especialização em Gestão Pública e Contábil pelo Instituto Superior de Educação de Afonso Cláudio e em Administração Pública, Planejamento e Gestão Governamental pela Fundação João Pinheiro
Com 16 anos na vida pública, efetivo no cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, já ocupou diversas funções em diferentes esferas de poder, como diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), secretário de Estado de Economia e Planejamento. Foi, ainda, secretário de Administração e Fazenda na Prefeitura de Vitória. Atualmente, antes de ser eleito conselheiro, exercia a função de secretário-chefe da Casa Civil.
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