> >
De caminhada a reuniões com pastores: as estratégias para o 2° turno na Serra

De caminhada a reuniões com pastores: as estratégias para o 2º turno na Serra

Especialista aponta desafios de Weverson Meireles e Pablo Muribeca em manter o eleitorado, brigar pelos votos que foram para os candidatos concorrentes no 1º turno e, ainda, levar às urnas os que deixaram de votar no 6 de outubro

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 14:49

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
As campanhas em estratégias em busca dos votos dos eleitores da Serra. (Freepik)

Serra será o único município do Espírito Santo em que a disputa pelo comando da prefeitura só será decidida no segundo turno de votação, marcado para o dia 27 deste mês. Weverson Meireles (PDT), ex-secretário de Estado de Turismo, e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos) disputam o voto dos eleitores para confirmar a vitória nas urnas.

Para fortalecer a relação com o eleitorado que os escolheu no primeiro turno, bem como para conquistar o voto de quem optou por outros candidatos, as campanhas dos dois postulantes ao cargo de prefeito da Serra apostam em estratégias que vão de caminhadas por bairros da cidade a busca por apoio de pastores em igrejas evangélicas, conforme informaram suas respectivas equipes.

A equipe de Weverson Meireles, que terminou o primeiro turno na liderança da disputa, com 39,66% (97.087) dos votos válidos, frisa que a estratégia central do candidato será a visita aos bairros em que não conseguiu ir durante a campanha visando à primeira fase de votação.

"O ponto central da estratégia para o segundo turno são as caminhadas. A Serra é muito grande e ainda não deu para estar em todos os lugares. A campanha está recebendo muitas adesões e o candidato faz questão de receber pessoalmente cada nova liderança que chega", destaca a equipe do pedetista.

Já a coordenação de campanha de Muribeca, que conquistou 25,20% (61.690) dos votos válidos no primeiro turno, ressalta a busca pela proximidade com o eleitorado e a intensificação das conversas e articulações com lideranças da cidade, entre elas pastores de igrejas evangélicas.

"Manteremos o mesmo ritmo do primeiro turno. Muita caminhada, olho no olho, e proximidade com o povo. Acredito que a política verdadeira é construída nas ruas, ouvindo e conhecendo as reais necessidades da população. Estamos recebendo apoios importantes de lideranças, pastores, e de pessoas que não estiveram conosco no primeiro turno, mas que agora caminham juntos",  pontua a campanha do Republicanos.

 Desafio de conquistar 86 mil eleitores

Para Lucas Margotto, consultor político e especialista em marketing eleitoral, o principal desafio dos dois candidatos que hoje disputam o segundo turno na Serra será conquistar o voto dos 86 mil eleitores que escolheram candidatos que saíram derrotados do pleito, entre eles o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que governou a cidade em três oportunidades. Audifax saiu da disputa em terceiro lugar, com 23,96% (58.643) dos votos válidos, apesar de ter liderado todas as pesquisas de intenção de voto realizadas na cidade. 

Aspas de citação

Caberá aos candidatos que estão no 2º turno - Pablo Muribeca, de oposição, e Weverson Meireles, da situação - duelar em duas frentes: em uma delas, minimamente manter e buscar ampliar a votação obtida no primeiro turno; e a outra tarefa será seduzir, ou conquistar, os 86 mil eleitores que, em 6 de outubro, escolheram os outros 5 candidatos que disputavam a eleição naquele momento

Lucas Margotto
Analista político e especialista em marketing eleitoral
Aspas de citação

Vale salientar que o especialista considerou apenas os votos válidos — que excluem brancos e nulos — na conta dos votos que os concorrentes irão disputar, em sua afirmativa. Se contarmos os brancos e nulos que foram computados nas urnas, no primeiro turno, mais 19.402 eleitores entram nessa matemática, elevando a disputa no segundo turno para o patamar dos 105 mil votos.

Margotto ainda aponta como desafio para os candidatos a mobilização de quase 100 mil eleitores da Serra que deixaram de ir às urnas no primeiro turno de votação.

"Mas ambos têm ainda o desafio de mobilizar os mais de 98.000 eleitores serranos (27,1% dos aptos a votar) que deixaram de comparecer às urnas no 1º turno de 2024. A abstenção é um fenômeno que pode alterar o resultado 'previsto' de uma eleição. Por isso, fica a pergunta: quantos deixarão de comparecer às sessões eleitorais? Mesmo que o voto seja obrigatório para maiores de 18 e menores de 70 anos, é de se esperar que a taxa de abstenção seja mais alta no 2º turno", avalia Margotto.

Por isso, o consultor político considera que a melhor estratégia a ser adotada pelos dois candidatos passa principalmente pela geração de mais confiança junto ao eleitorado.

"Cabe igualmente aos dois concorrentes gerar, cada um a seu modo, mais confiança nos moradores, e mais esperança de que o futuro da Serra pode ser melhor, a depender da escolha que a maioria desses eleitores vai fazer. Entendo que a prioridade de ambos os candidatos — novamente, cada um a seu modo de pensar a gestão — seria apresentar soluções realistas para temas e políticas públicas que realmente importam na vida dos serranos, como a Saúde, a Educação, a Segurança e a ocupação dos espaços urbanos", conclui.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais