Terceiro colocado na votação para prefeito de Vitória, o candidato Fabrício Gandini (Cidadania), aposta do atual prefeito, Luciano Rezende (Cidadania), para a continuidade de seu grupo político na gestão municipal, ficou a poucos votos de chegar ao 2º turno. Com 21,12% dos votos válidos, 1.201 a menos do que o segundo colocado, João Coser (PT), Gandini afirmou apenas que "irá continuar trabalhando pela cidade", após a divulgação do resultado das eleições, na noite deste domingo (15).
O segundo turno das eleições de Vitória será disputado por Lorenzo Pazolini (Republicanos), que teve 30,95% dos votos válidos, e João Coser, que alcançou 21,82%.
Gandini acompanhou a apuração dos votos em casa, com a família, segundo sua assessoria. Após a totalização dos votos, não deu entrevistas e se manifestou por nota e pelas redes sociais.
"Quero agradecer por cada um dos 36.172 votos que obtive na eleição em Vitória. Aprendi muito nesta disputa e acredito em Deus. Creio que tudo tem seu tempo e há tempo para todo propósito. Sigo apaixonado pela minha cidade e vou continuar trabalhando por ela e também pelo meu Estado. Agradeço o carinho que recebi de todos até aqui e desejo boa sorte aos que chegaram ao segundo turno", afirmou.
Aliado histórico do prefeito Luciano Rezende, Gandini era tido como o nome que o sucederia, e portanto, pré-candidato pelo partido Cidadania, desde o início deste segundo mandato de Luciano. Para se inserir no Executivo municipal, inclusive, ele foi alçado a "supersecretário" de Gestão da prefeitura, entre 2017 e 2018. No final daquele ano, foi eleito deputado estadual e permaneceu se articulando para a pré-candidatura.
Gandini conseguiu formar a maior coligação entre todos os candidatos a prefeito, com o apoio de outros seis partidos. Com o início da campanha, manteve-se entre os primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, empatado com João Coser e com possibilidade de vitória nos cenários de 2º turno.
Com o passar das semanas, contudo, Pazolini veio em uma trajetória de crescimento e passou a rivalizar especificamente com o candidato do prefeito, primeiro apontando problemas da atual administração e vinculando-os também a Gandini, como também em uma verdadeira batalha de ações na Justiça Eleitoral, questionando suas propagandas.
Dois importantes episódios afetaram a campanha. O primeiro foi o fato de o candidato ter promovido um comício que contou com a presença de 2 mil pessoas e a falta das precauções necessárias devido à pandemia de Covid-19. Dias depois o candidato foi diagnosticado com a doença, que o fez ter que se afastar da campanha de rua.
Enquanto estava em isolamento, outro abalo: um juiz eleitoral autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Vitória e em empresas que prestaram serviços de campanha para Gandini, para apurar o cometimento de irregularidades. A medida foi tomada após apresentação de ação de investigação eleitoral, movida por Pazolini.
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