Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manter a cassação do diploma do prefeito de Castelo, Luiz Carlos Piassi (MDB), e do vice, Pedro Nunes de Almeida (PSDB), o município começa a se preparar para uma nova eleição, que deverá ocorrer ainda este ano.
Desde o último pleito municipal, ocorrido em 2016, já foram registradas em todo o Brasil 156 eleições como essa, chamadas de suplementares. Outras seis já estão marcadas para o mês de setembro. Deste total, três eleições ocorreram no Espírito Santo, nas cidades de Irupi, Muqui e Fundão. Relembre os casos:
FUNDÃO
Em outubro de 2017, Pretinho Nunes (PDT) foi eleito prefeito de Fundão após vencer o adversário João Manoel (DEM) nas urnas, com 51,85% dos votos. A eleição suplementar ocorreu pois o prefeito eleito em 2016, Anderson Pedroni (PSD), teve o registro de sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
Um dos motivos da decisão é que, segundo o TRE, Anderson Pedroni era presidente da Câmara de Vereadores em 2011 e acabou assumindo a prefeitura. Na época, ele foi afastado por não enviar o balanço de gastos à Câmara, obrigação que é dada por lei. Pedroni abriu mão da tentativa de recurso no TSE em nome da "estabilidade" da cidade.
MUQUI
Em julho de 2017, os moradores de Muqui elegeram Renato Prúcoli (PTB) como seu novo prefeito com 40% dos votos. Outros cinco candidatos entraram na disputa. O município estava sem o chefe do Executivo desde janeiro daquele ano, já que o prefeito eleito em 2016, Frei Paulão (PSB), foi impedido de assumir o cargo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), que o declarou inelegível.
A razão da inelegibilidade está na rejeição de suas contas por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), que encontrou irregularidades em um convênio firmado entre o município de Muqui e o Fundo Nacional de Saúde para a compra de ambulâncias. O fato aconteceu em 2004, quando Paulão era prefeito da cidade, cargo que exerceu entre 2001 e 2008.
IRUPI
Em maio deste ano, Edmilson Meireles (MDB) assumiu o comando da Prefeitura de Irupi, onde permanecerá por um total de 580 dias. O comerciante conquistou 60,85% dos votos. Já o candidato do PSL, Rafael Fonseca, teve 39,15%.
A nova eleição foi convocada porque o prefeito eleito, Carlos Henrique Emerick Stock (PSDB), e o vice, Leandro Purcino de Almeida (PRP), perderam seus cargos pela prática de abuso de poder político e econômico. Carlos Henrique ainda foi penalizado com inelegibilidade pelo prazo de oito anos.
A acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE) foi fundamentada na realização de um casamento comunitário pela administração municipal durante a campanha eleitoral.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta