Depois do episódio narrado pelo ex-procurador-geral de Justiça Rodrigo Janot a respeito do dia em que entrou armado no Supremo Tribunal Federal (STF) preparado para matar o ministro Gilmar Mendes, a discussão sobre segurança nas Cortes do país ganhou novos contornos.
E não passa ao largo no Espírito Santo. O Tribunal de Justiça (TJES) elegeu, nesta quinta-feira (03), um novo presidente, o desembargador Ronaldo Gonçalves de Sousa, que falou à reportagem de A Gazeta sobre o tema: "Temos que melhorar mais ainda essa situação (a segurança)".
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade buscando que o Supremo determine que promotores de Justiça, procuradores da República, juízes, advogados e servidores do Judiciário também passem por aparelho detector de metais no acesso às dependências de tribunais e fóruns.
O ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, que terá rito de urgência, determinou, de acordo com o site Jota, que sejam colhidas informações sobre o tema em todos os tribunais.
"E eu pretendo dar continuidade a isso principalmente agora sabendo que o ministro do Supremo está sabendo da necessidade de melhorar a situação para com a magistratura como um todo, até porque nosso tribunal pode receber ministros aqui, do Supremo, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), recebemos a todo momento, portanto a preocupação é grande e temos que melhorar mais ainda essa situação", avalia.
De acordo com o presidente eleito, somente os próprios desembargadores não passam pelo detector de metais do TJES. Ronaldo Gonçalves de Sousa toma posse no dia 12 de dezembro.
O STF proíbe a entrada de pessoas portando qualquer tipo de arma, mas autoridades, como parlamentares, governadores e o procurador-geral da República, não passam por detectores de metais.
No TJ, algumas autoridades também acabam escapando ao controle, como uma deferência ao cargo que ocupam.
Quando entrou no STF decidido a matar Gilmar Mendes, intento do qual recuou em seguida, Janot ainda era o procurador-geral da República, chefe do Ministério Público Federal.
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