Durante o período eleitoral, é comum ouvir diversas pessoas divulgando os números dos candidatos com os quais mais se identificam. Esses dígitos precisar ser pressionados nas urnas no dia da votação para serem definidos os próximos governantes e representantes do Legislativo. Mas você sabe como esses números são escolhidos entres os políticos? Veja como é feita a distribuição e como isso pode mudar sua forma de votar.
Os dígitos, na verdade, representam o partido no qual o candidato está filiado. Atualmente, cada partido pode escolher seu número. Porém, legendas mais antigas, como PT e MDB, tiveram seus numerais sorteados após o período da ditadura militar. Assim como cada sigla possui um conjunto de ideias e valores, também precisa ter um número para ser contabilizado nas urnas.
Entretanto, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), existem alguns critérios a serem cumpridos antes de definir os números:
O TSE explica que números inferiores a 10 (no caso, os algarismos de 0 a 9) dificultam a identificação correta do partido na urna eletrônica. Já a limitação até 90 acontece porque, no passado, os sistemas usavam números acima para representar situações como votos em branco ou nulos. Hoje, eles são reservados para o uso em simulações de votação.
Essa divisão dos números ainda permite o voto de legenda, que é o voto dado pelo eleitor ao partido de sua preferência nas eleições para vereador e deputado estadual e federal.
Para usar o voto de legenda, basta o eleitor digitar apenas os dois dígitos correspondentes ao número do partido, deixando os demais em branco. Dessa forma, além de não anular seu voto – quando não tem candidato de preferência – permite ainda que seu partido tenha mais vagas – e mais força – nas câmaras.
Em casos de fusões, os partidos envolvidos são extintos e deve-se escolher um novo número que não esteja sendo utilizado por outros. Já nas incorporações, o partido incorporador permanece com o seu nome, sigla e número, se desejar.
As chapas de prefeito e vice-prefeito concorrem ao cargo com um número de dois dígitos, por já utilizarem as dezenas do partido, uma vez que cada legenda lança apenas um representante para disputar esse cargo.
Já os candidatos a vereadores concorrem à vaga na câmara municipal com um número de cinco dígitos, dois do partido ao qual estiverem filiados e outros três à direita. A escolha e distribuição dos últimos três algarismos ocorre em uma negociação entre candidato e legenda. Normalmente, os políticos escolhem algarismos de fácil memorização pelo eleitor. Por isso. é comum a repetição dos últimos dígitos, como 000; 111; e 555.
Nas eleições de 2020, em Vitória, 421 pessoas se candidataram à vaga de vereador do município. Neste ano, entre as diversas mudanças, o número de registros de candidaturas deve ser igual ao total de vagas na Câmara de Vereadores +1. No caso da capital capixaba, cada partido poderá lançar até 22 candidatos. Assim, como não existe combinação repetida para todos eles, alguns terão que escolher números mais aleatórios.
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