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Eleições na pandemia: veja quem são os pré-candidatos na Grande Vitória

Eleições na pandemia: veja quem são os pré-candidatos na Grande Vitória

Siglas estão priorizando agendas internas e decisões sobre alianças seguem em aberto devido à dificuldade de contato e reuniões. As discussões sobre os nomes para a disputa estão a todo vapor

Publicado em 16 de junho de 2020 às 11:12

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Prefeituras da Grande Vitória
Pré-candidatos e partidos se preparam para disputar as prefeituras da Grande Vitória, adaptando sua programação. (Montagem/A Gazeta)

A quatro meses das eleições municipais, algumas incertezas ainda rondam as campanhas para prefeitos, inclusive sobre a data – pois ainda há dúvidas se a votação será mantida para 4 de outubro – e sobre como será a campanha em meio às regras de isolamento social. Por enquanto, com as mesmas regras mantidas, já se aproxima a primeira agenda importante da campanha: as convenções dos partidos, que têm que ser realizadas de 20 de julho a 5 de agosto.

No entanto, políticos e profissionais que trabalham com partidos políticos acreditam que, assim como nos anos anteriores, o fechamento de alianças vai ficar para os últimos dias do prazo, como também as escolhas dos partidos que ainda têm mais de um pré-candidato, e precisam bater o martelo sobre seu representante.

Eles relatam que o distanciamento social tem limitado as ações da pré-campanha, que ainda estão se resumindo a decisões de bastidores e reuniões internas.  Mesmo assim, os partidos estão se articulando individualmente, a todo vapor, para definir e tentar viabilizar seus pré-candidatos.

QUEM SÃO OS NOMES

Mesmo com a pandemia, a movimentação na disputa pelas prefeituras da Grande Vitória segue forte. Conheça os pré-candidatos a prefeito de Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica, confirmados para A Gazeta por líderes partidários.

ADAPTAÇÕES NA PRÉ-CAMPANHA

Com as campanhas curtas, de 45 dias, a pré-campanha tornou-se nos últimos pleitos o período crucial para a definição de alianças e para que as lideranças começassem o trabalho de tornar suas candidaturas conhecidas, buscando apoio e engajamento.

Antes, essa agenda exigia prioritariamente "gastar sola de sapato", assim como marcar presença em eventos, reuniões e congressos. Agora, segundo os dirigentes partidários, o jeito tem sido começar a adaptar as suas agendas para a construção de reuniões virtuais com apoiadores e aliados, e investir na construção da campanha, que poderá ser mais curta e sem contato físico.

Segundo a presidente do PT estadual, Jackeline Rocha, o partido está aproveitando para se preparar para os dois cenários possíveis: com ou sem adiamento das eleições. "Estamos aproveitando para fazer formações, apresentar ao público uma agenda de lives, e estamos fazendo nossas reuniões por videoconferência. O lado negativo é que o contato faz falta para a política, assim como o diálogo mais próximo", relata. No último sábado (6), o partido realizou encontros municipais pelo Estado, para definir candidaturas. 

O fator que está mais prejudicado são os diálogos entre um partido e outro. Com o fim das coligações para a formação de chapa de vereadores, e a necessidade de se unir somente para as campanhas dos prefeitos, os partidos relatam que as tratativas ainda não engrenaram.

"Realmente prejudicou o diálogo com outros partidos. Por não estarmos tendo contato tão frequente, sem o calor do debate. Já o debate interno nós continuamos. As reuniões passaram inclusive a ter maior frequência. Pensar em fazer as convenções assim ainda é um desafio para nós, pois temos que garantir uma participação democrática de todos. Estamos preferindo aguardar", conta o secretário-geral do PDT, Weverson Meireles.

20 de julho
É a data que devem começar as convenções partidárias para as eleições de 2020

No último dia 4, o TSE autorizou que as convenções partidárias para as eleições municipais de 2020 sejam realizadas por meio virtual. Os partidos poderão usar a ferramenta tecnológica que julgarem mais adequada.

A organização para a arrecadação para a campanha (fora do Fundo Eleitoral) também ainda está a passos lentos no Espírito Santo, pois a maioria dos partidos afirma que ainda não discutiu o tema e, por isso, ainda não lançou mão da "vaquinha virtual". A estratégia será aplicada pela primeira vez em um pleito municipal. 

AGUARDANDO COMANDOS

O presidente do PSB estadual, Alberto Gavini, afirma que o partido está seguindo com a maior parte da programação via internet. Em algumas ocasiões, pequenas reuniões de até 5 pessoas têm sido feitas, respeitando os protocolos de prevenção ao coronavírus.

"Uma vez que acabamos a primeira fase, que era a de filiar pessoas e montar as chapas para vereador, agora está sendo momento de formação dos candidatos. Estamos fazendo cursos à distância, lives com especialistas e reuniões para elaborar as propostas de campanha", disse.

Segundo ele, o partido ainda aguarda a regulamentação da direção nacional a respeito das convenções on-line. Em Vitória, o partido tem dois pré-candidatos interessados: o vice-prefeito Sérgio Sá, e o deputado estadual Sergio Majeski. Já houve uma prévia no início do ano para indicar um nome e Sá foi o mais votado, mas a escolha definitiva será apenas na convenção, de acordo com Gavini. As alianças com os outros partidos também ainda serão fechadas mais adiante, pois serão com base também em pesquisas, e até então poucas foram feitas. 

Outra situação peculiar do partido é em Cariacica.  O PSB quer lançar o Professor Saulo Andreon, que é assessor especial na Secretaria de Educação (Sedu), e já foi vereador por dois mandatos. Contudo, o irmão dele e atual vereador Celso Andreon (PSD) também é pré-candidato a prefeito, mas buscou um palanque antipetista. Até o momento, eles afirmam não ver problemas nas duas candidaturas.

O presidente do Republicanos, Roberto Carneiro, relata os mesmos obstáculos. "Hoje estamos em um trabalho para auxiliar os pré-candidatos na pré-campanha. Orientá-los sobre os principais temas, buscando profissionais para a rede social. Mas o ambiente ainda é de muita dúvida. Ninguém pode sair para visitar os locais, a própria população repudia. Então estamos montando um plano para as atividades on-line", afirma.

DATA AINDA É INCERTA

Nesta segunda-feira (15), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse ao Roda Viva, da TV Cultura, que defende a realização das eleições municipais ainda em 2020, mas não em outubro, data atual do pleito. "Há consenso para fazermos este ano. Para o TSE e cientistas, há janela de 15 de novembro a 20 de dezembro. Realizando primeiro turno a partir de 15 de novembro e segundo até 20 de dezembro, conseguimos entregar eleições bem arrumadas", afirmou.

Ele destacou que uma alteração da data depende do Congresso Nacional e disse que vem mantendo interlocução positiva com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

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