No primeiro discurso como prefeito, já empossado, da Serra, Sergio Vidigal (PDT) se comprometeu a colocar o município, nos próximos dois anos, como a maior economia do Espírito Santo. Atualmente, a cidade tem o segundo maior PIB do Estado, com R$ 23,1 bilhões, atrás apenas de Vitória, que tem R$ 26,3 bilhões, de acordo com dados do IBGE.
O discurso foi feito, nesta sexta-feira (1ª), durante a cerimônia de posse. Além dele, também assumiram os cargos para os quais foram eleitos em 2020 o vice-prefeito Thiago Carreiro (Cidadania) e os 23 vereadores que se elegeram para os próximos quatro anos. O ex-prefeito Audifax Barcelos (Rede) não participou, mas também não havia expectativa de que ele comparecesse à posse. Vidigal e Audifax são adversários.
"Vamos esquecer as eleições. O panorama agora é outro. Podemos ter partidos diferentes, mas quero buscar a união com esta Casa. Vou buscar o diálogo e tratarei todos com igualdade. Até porque o orçamento é da cidade, e não do prefeito. Hoje, somos a segunda maior economia, mas se nos unirmos seremos nos próximos dois anos a maior economia do Espírito Santo", discursou Vidigal.
Em vários momentos, o pedetista destacou que o governo dele será o da união entre os grupos políticos do município. O prefeito assume o quarto mandato à frente do Executivo municipal e mantém, assim, a alternância que já dura 23 anos entre ele e Audifax.
"Não vim desqualificar a gestão de ninguém. Mas precisamos dar um salto para o futuro, modernizar o município e investir mais em tecnologia. Eu tomei posse pela última vez há 12 anos. De lá para cá, tenho me modernizado, ganhei novas visões e quero contribuir com minha experiência para esta cidade. Eu digo contribuir porque ninguém faz nada sozinho. Quero estar próximo da Câmara, independentemente de quem seja o presidente, para fazer o município avançar. O primeiro passo será aprovar a reforma administrativa que vamos encaminhar nos próximos dias", adiantou.
Vidigal disse que pretende reduzir de 22 para 16 o número de secretarias e, consequentemente, cortar cerca de 240 cargos comissionados. A reestruturação, segundo ele, precisará da aprovação dos vereadores. Já nesta sexta-feira e no sábado (2), ele faz as primeiras reuniões com o secretariado.
Vidigal foi eleito em segundo turno com 111.920 votos. Ele já governou o município entre 1997 e 2004, com seu terceiro mandato de 2009 a 2012.
Segundo o prefeito, este será o último cargo eletivo dele. Vidigal planeja voltar a atuar como médico ao fim do atual mandato.
Entre as prioridades que elegeu para este novo governo, está a digitalização da gestão pública e o aumento do efetivo da Guarda Municipal.
Após a posse, Vidigal rompeu o protocolo da cerimônia e foi em direção a alguns moradores que acompanhavam a movimentação do lado de fora da Câmara. Usando máscara, ele abraçou e posou para foto com alguns apoiadores. O ato não estava previsto na programação da solenidade.
Durante o evento, somente os eleitos tinham permissão para estar no plenário, além da imprensa e alguns funcionários da Câmara. Nas galerias, ficaram os convidados – um por eleito.
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