Dos 15 vereadores de Vitória, ao menos 11 devem tentar a reeleição no pleito de outubro deste ano e quatro pretendem disputar a Prefeitura da Capital, sendo que um deles cogita até não ser candidato a nada se isso não for possível. Ainda tem muita coisa para acontecer antes do registro oficial das candidaturas, em agosto. Algumas definições, no entanto, não podem ficar para tão tarde. Vereadores que queiram trocar de partido, por exemplo, têm de 5 de março até 3 de abril para isso.
Assim, as movimentações nos bastidores não param, ainda que algumas raposas políticas digam que "ainda é cedo". Não há limite para a reeleição de parlamentares. Quem está no primeiro mandato pode tentar mais um. Quem já é veterano, também. Veja os planos de cada um:
Presidente da Câmara de Vitória, Cleber Felix, filiado ao Progressistas, está de malas prontas para migrar para o DEM. A reportagem de A Gazeta não conseguiu contato com ele, mas não é segredo que Clebinho, como é mais conhecido, coloca-se como pré-candidato à prefeitura da Capital.
O presidente estadual do DEM, Theodorico Ferraço, entretanto, pontua que a ideia é que o partido tenha candidato próprio em Vitória, não necessariamente Cleber Felix: "Ele está coordenando o partido em Vitória a partir de março. Ou ele vai para a prefeitura, ou que ele encontra alguém para disputar pelo DEM". Clebinho está no primeiro mandato como vereador de Vitória.
Dalto Neves diz que vai disputar a reeleição, mas pode não ser pelo PTB. Ele avalia deixar o partido, mas ainda não há definição sobre para qual legenda ele deve migrar: "Estou conversando com o partido, mas há possibilidade de trocar, sem nada definido ainda", afirmou. De acordo com o presidente municipal do PTB, Anderson Goggi, a sigla pretende eleger apenas novatos, pessoas que não têm mandato atualmente.
Davi Esmael, filho do ex-deputado estadual Esmael Almeida (PSD), está no segundo mandato de vereador em Vitória e quer mais um. Na verdade, o parlamentar gostaria de alçar voos mais altos. "O PSB em fevereiro faz uma prévia para a campanha de prefeito. Esperamos ratificar candidatura própria, mas pouco provável que seja a minha. Isso faz com que eu seja candidato à reeleição", afirmou.
No primeiro mandato como vereador, Denninho é pré-candidato à reeleição.
Em abril, Nathan deve voltar à cadeira de vereador devido ao prazo de desincompatibilização (a lei eleitoral determina que quem tem cargo de secretário municipal e quer se candidatar a vereador tem que deixar o posto seis meses antes da eleição). Nathan já disse à A Gazeta que deve disputar a reeleição.
Amaral é suplente de Nathan Medeiros (PSB), que licenciou-se da Câmara para atuar como titular da Central de Serviços da Prefeitura de Vitória. É a primeira vez que ele assume o mandato na Casa e pretende tentar de novo em outubro.
No primeiro mandato, Leonil, de acordo com informações da chefia de gabinete do parlamentar, é candidato à reeleição.
Luiz Paulo Amorim já foi vereador de 2001 a 2004. Foi eleito em 2016 e, de acordo com informações da chefia de gabinete do parlamentar, pretende disputar uma vaga na Câmara novamente este ano.
O vereador Max da Mata diz que a decisão sobre o que vai fazer depende do partido dele e do destino do aliado Amaro Neto (Republicanos), cotado para disputar a Prefeitura de Vitória. Ele está no terceiro mandato como vereador da Capital.
"No momento, minhas perspectivas para as eleições de 2020 estão entre duas prioridades: em primeiro lugar, lançar minha candidatura para prefeito de Vitória e, em segundo lugar, seguir apenas no setor privado. A possibilidade de me candidatar à Prefeitura de Vitória dependerá da candidatura do deputado federal Amaro Neto e da questão partidária. Caso Amaro confirme sua candidatura a prefeito da capital capixaba, irei dedicar meu apoio a ele e não me lançar como candidato. Em segundo plano, tenho projetos no setor privado, seja empreendendo em novos negócios ou na ampliação do negócio já existente", afirma.
O vereador de primeiro mandato, filiado ao PSD desde 2016, é pré-candidato à Prefeitura de Vitória. Ele diz contar com o apoio das executivas nacional, estadual e municipal para tanto.
A veterana vereadora (está no quinto mandato) preside o PSDB de Vitória. Ela diz que gostaria de ser candidata à prefeitura (ressalte-se: é do mesmo partido de Max da Mata, que tem a mesma ambição, salvo de Amaro Neto disputar) ou ocupar uma vaga de vice. Mas pode mesmo disputar a reeleição.
Vereador de primeiro mandato, Roberto Martins é pré-candidato a prefeito de Vitória. Está filiado ao PTB, partido pelo qual se elegeu em 2016, mas pretende disputar o comando do Executivo municipal filiado à Rede. A mudança ocorrerá durante a janela partidária (entre 5 de março e 3 de abril). "A Rede convidou o Majeski (deputado estadual Sergio Majeski) para ser candidato. Ele não vindo, seria eu. Como está muito difícil para ele sair do PSB sem perder o mandato (a janela partidária só vale para quem é vereador), provavelmente serei eu o candidato", resume.
Sandro Parrini está no primeiro mandato como vereador e é pré-candidato à reeleição. Ele continua filiado ao PDT, partido pelo qual se elegeu em 2016, mas não comenta a possibilidade de sair da legenda: "Com relação a possível troca partidária na janela que será aberta em março, prefiro não me manifestar no momento".
No segundo mandato como vereador de Vitória, Vinícius Simões vai tentar mais uma reeleição pelo Cidadania para a Câmara da cidade.
Waguinho Ito está na Câmara como suplente de Luiz Emanuel Zouain, que se licenciou da Casa para assumir a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Vitória. Luiz Emanuel disse para A Gazeta que ainda não decidiu se vai voltar ao mandato de vereador em abril para disputar a reeleição ou se seguirá no Executivo. Se voltar, Waguinho terá que deixar a Casa. Waguinho vai disputar um mandato de vereador.
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