O empresário José Carlos Marcondes Soares, alvo da primeira fase da Operação Rubi e um dos sete denunciados por participação em esquema de superfaturamento de contratos e pagamento de propinas em Presidente Kennedy, foi preso na tarde desta sexta-feira (28) em Linhares, Norte do Estado.
A prisão preventiva de Soares foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da assessoria militar do Ministério Público Estadual (MPES), e o empresário foi para o Presídio Regional de Linhares. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), responsável pela administração dos presídios estaduais, confirmou que o empresário foi levado para a unidade às 18 horas desta sexta-feira (28).
Soares teve a prisão decretada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), a pedido da Subprocuradoria Geral de Justiça do MPES. O empresário descumpriu as medidas estabelecidas pela Justiça para que não fosse preso e supostamente teria praticado os seguintes crimes: violação de domicílio, constrangimento, coação e desobediência.
O empresário José Carlos Marcondes Soares natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, mas residente no Espírito Santo é irmão de Marcelo Marcondes Soares. Ambos são sócios da empresa Limpeza Urbana Serviços LTDA, que prestava serviço de limpeza ao município de Presidente Kennedy.
Marcelo foi preso no dia em que a operação foi deflagrada, em 8 de maio. Firmou acordo de colaboração premiada e deixou a prisão após cerca de 30 dias, segundo informações do MPES.
De acordo com a denúncia criminal oferecida pelo MPES à Justiça, tanto Marcelo quanto José Carlos pagavam propina a José Augusto de Paiva, ex-secretário de Desenvolvimento de Presidente Kennedy e companheiro da prefeita afastada Amanda Quinta. O órgão atribui ao empresário crimes como associação criminosa, corrupção ativa e falsidade ideológica.
A peça inclui diálogos dele com pessoas da empresa, interceptados pela Justiça, nos quais tratam de pagamentos. De acordo com as investigações, tratavam-se de repasses ilegais em troca de pagamentos de contratos superfaturados e direcionados.
A Operação Rubi apura direcionamento de contratos e pagamento de propinas em prefeituras do Sul do Estado. A primeira fase, deflagrada em maio de 2019, focou em despesas da Prefeitura de Presidente Kennedy, apesar de cumprimentos de mandados também em Piúma, Marataízes e Jaguaré. A segunda fase da investigação, em outubro de 2019, teve Piúma como foco.
A reportagem ainda tenta contato com o advogado que faz a defesa de Soares e assim que obtiver as informações elas serão acrescentadas a esta reportagem.
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