A formação da equipe do governo do Estado, comandado pelo governador e candidato à reeleição, Renato Casagrande (PSB), foi um dos assuntos que marcaram o último debate entre os candidatos ao Palácio Anchieta, realizado nesta quinta-feira (29) pela rádio CBN Vitória e A Gazeta. Ao longo do debate, os adversários acusaram Casagrande de distribuir cargos por indicação dos partidos e “aos amigos” derrotados nas eleições.
O tema foi puxado por Guerino Zanon (PSD), que, ao questionar Carlos Manato (PL) sobre o perfil do bom gestor, disse: “Temos um governo fraco, com equipe ruim”. Mas foi na resposta do candidato do PL a governador que o assunto ganhou ênfase. Para defender a meritocracia na escolha da equipe, ele atacou a composição da equipe do atual governo por indicação partidária.
“Não pode fazer uma coligação com 18 partidos, como foi feito no passado, hoje com 11, e todo mundo tem lugar para trabalhar. Se você perdeu a eleição e é amigo do governador, pode ser diretor do Detran, pode ser um secretário de Infraestrutura, pode arrumar um acordo partidário, pega um médico excelente e leva para dentro de uma Secretaria de Agricultura, mas que não sabe a diferença de um café para um cacau. Mas se for membro do partidão legal, aí você vai para o Tribunal de Contas. Isso aí não é meritocracia”, criticou Manato, sem citar nomes.
Já Guerino utilizou sua resposta a uma pergunta do colunista de A Gazeta e da CBN Vitória Rafael Braz sobre formação da equipe na área de cultura para criticar a gestão atual e mencionou a prisão do ex-secretário da Fazenda Rogélio Pegoretti, sem citar o nome dele.
“O Estado precisa de uma gestão de verdade, como eu governei Linhares. Não será com carteirada de partido que alguém vai assumir cargo no Estado não, nem para a cultura, nem para a saúde, muito menos trazer secretário comunista de fora do Estado para estar aqui administrando a saúde do Espírito Santo, nem trazer presidente de banco para ser preso uma semana depois, nem também para colocar secretário de Finanças que foi preso e está sendo acusado, que nos roubou R$ 120 milhões. Quem quiser trabalhar comigo vai ter que ter competência”, pontuou Guerino Zanon.
Outro candidato que abordou o tema foi Aridelmo Teixeira (Novo), que aproveitou a pergunta a Guerino sobre ações para a área da segurança pública para relembrar que, “no primeiro dia de governo, ele (Casagrande) trouxe um secretário de Segurança que na primeira entrevista disse que ‘ia conhecer um pouquinho melhor o Estado para poder falar’".
“Temos bons quadros no Espírito Santo e vamos ter secretários que conhecem a nossa realidade”, arrematou o candidato do PSD.
O candidato da Rede, Audifax Barcelos, também não perdeu oportunidade de fazer críticas à equipe de Casagrande durante o debate, afirmando que "o governo é lento" e concordando com os ataques de outros concorrentes. Um dos momentos foi quando Guerino o questionou sobre mobilidade urbana, se os problemas verificados eram por "incompetência ou equipe ruim ou as duas coisas", ao que o ex-prefeito da Serra acrescentou: "E mais corrupção, por isso não fez", para destacar promessas não cumpridas.
Casagrande não rebateu os ataques, já que os adversários fizeram as críticas em perguntas que ele não estava envolvido diretamente. Ainda no primeiro bloco do debate, o candidato à reeleição afirmou que estava ali e tinha sido convidado para debater propostas e tentaria manter esse foco.
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