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Erick se mostra contra orçamento secreto e a favor do porte de armas

Erick se mostra contra orçamento secreto e a favor do porte de armas

Em sabatina com a colunista Letícia Gonçalves, o candidato ao Senado Federal falou sobre temas que estão na pauta do Congresso Nacional

Publicado em 14 de setembro de 2022 às 21:39

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Erick Musso, candidato ao senado pelo Republicanos, é entrevistado pela colunista de A Gazeta, Letícia Gonçalves
Erick Musso, candidato ao Senado pelo Republicanos, foi entrevistado pela colunista de A Gazeta Letícia Gonçalves. (Vitor Jubini)

Pelo menos duas pautas presentes no Congresso Nacional estão bem resolvidas na cabeça do deputado estadual Erick Musso (Republicanos): ele se mostra contra o orçamento secreto e a favor da flexibilização do porte de armas no país. Candidato ao Senado Federal, caso seja eleito, o parlamentar poderá debater os argumentos que apresentou nesta quarta-feira (14) em sabatina com a colunista de Política de A Gazeta, Letícia Gonçalves.

Para Erick, o orçamento secreto — mecanismo que permite aos parlamentares direcionar recursos públicos sem dar muita transparência — é um absurdo. "Temos que trabalhar para acabar com o orçamento secreto. Não dá para a gente viver num país onde o dinheiro que é do povo — o dinheiro das emendas é do povo, é do tributo, do recolhimento de imposto — seja destinado para não sei lá onde, secretamente", pontuou. 

O candidato lembrou que, como presidente da Assembleia no Estado, contribuiu para que o Legislativo estadual capixaba fosse classificado como o mais transparente do país por dois anos consecutivos. "A transparência é a premissa básica do homem e da mulher públicos neste país", reforçou. 

Outro ponto abordado na entrevista foi sobre o porte de armas. Na avaliação de Erick, a legislação hoje já está mais flexível, mas o candidato não trata a questão como um problema, e sim como direito de a população decidir se quer ou não se armar. Ele próprio admitiu que tem arma. 

"Em se cumprindo critérios, as pessoas têm que ter direito, ter liberdade nas escolhas das suas decisões. Eu sou a favor que as pessoas tenham o direito de adquirir e ter o seu porte de armas, com certeza", afirmou Erick, acrescentando ser fundamental reforçar a fiscalização sobre o comércio. 

VOTO PARA PRESIDENTE

A pauta das armas é defendida por Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores e, embora não tenha declarado voto, Erick deu pistas de que é eleitor do presidente. Quando questionado sobre como pretende votar, disse que deixaria uma dica. 

"Sou cristão, conservador, tenho as minhas premissas básicas, meus valores éticos, morais e republicanos. Mas estou preparado para ser senador da República com qualquer presidente que o brasileiro decidir", assegurou. 

Questionado sobre como avalia a gestão federal, Erick afirmou que Bolsonaro teve erros e acertos como qualquer governo. De positivo, o candidato destacou o relacionamento forte com o agronegócio e, de negativo, a comunicação ruim com a sociedade. 

Sobre a disputa para o governo do Estado, o deputado disse que não está apoiando nenhum candidato. Erick se coloca hoje numa posição oposta ao atual governador, Renato Casagrande (PSB), a quem faz críticas, por exemplo, na gestão da pandemia,  questionando as regras rígidas impostas para o comércio, enquanto as de outras áreas já haviam sido flexibilizadas. 

De todo modo, o candidato garantiu que, se eleito, vai manter uma boa relação com Casagrande, caso o socialista também seja reconduzido ao cargo. Perguntado se há alguma movimentação de aliados para uma reconciliação, Erick negou que a aproximação política esteja em discussão. 

Como adversário político, Erick chegou a se lançar candidato ao governo inicialmente. Mas a estratégia foi revista e, agora, ele tenta uma vaga como senador. A mudança causou certo atrito no Republicanos, uma vez que o ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli acabou rifado da disputa para o Senado Federal e precisou se contentar com a de deputado estadual. 

Erick frisou que essa mudança foi uma decisão da Executiva nacional do partido, mas assegurou que a relação entre ele e Meneguelli é boa. "É uma pessoa que tem o meu carinho, meu apreço."

Com um perfil semelhante ao de Magno Malta (PL), outro candidato ao Senado que prega ser conservador e cristão,  Erick foi perguntando como se diferenciar e convencer o eleitor de que é a melhor opção.

"Pedir uma oportunidade de renovação. Respeito quem já passou por lá e quem está. Mas peço uma oportunidade ao Espírito Santo, e aos capixabas, de renovar, mas com experiência. Estou com muita energia, muita garra, muita determinação, força de vontade de representar no Senado Federal, a Casa que dá igualdade aos Estados da federação, o Espirito Santo. Acho que a gente vem perdendo ao longo do tempo uma chance de fazer representatividade robusta."

SABATINAS

Foram convidados a participar das sabatinas os candidatos de partidos que têm ao menos cinco parlamentares no Congresso Nacional. As entrevistas seguem a ordem de pontuação na última pesquisa Ipec, divulgada no dia 2 de setembro. 

A primeira sabatina foi feita com Rose de Freitas (MDB). Nesta quinta-feira (15), a conversa será com Nelson Junior (Avante) e, na sexta (16), Gilberto Campos (Psol). O ex-senador Magno Malta não vai participar porque disse que havia outros compromissos de campanha. 

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