O governo do Estado poderá pagar R$ 164 mil por um drone especial, que enxerga no escuro, para uso em atividades da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). O extrato do registro de preços foi publicado nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial do Estado. O equipamento licitado consegue visualizar focos de incêndio e identificar pessoas na escuridão.
O pregão eletrônico para registro de preços, lançado ainda em outubro, permite a compra de até 15 drones. Ao todo, custariam R$ 2,4 milhões. A vencedora foi a Ultramar Importação LTDA, empresa de Santa Catarina.
Não significa que o governo comprará os 15 drones de última geração. Significa que a Sesp ou suas unidades operativas poderão, se entenderem necessário dentro de um ano, comprar os equipamentos pelo preço acertado, em quantidade limitada aos 15 licitados.
A empresa vencedora ofereceu drones modelo Matrice 210, da marca DJI. Oficialmente chamado pelo governo de Remote Piloted Aircraft (RPA) aeronaves remotamente pilotadas , o equipamento licitado tem características específicas, diferentes das que têm o modelo padrão do equipamento.
Entre as características exigidas, câmera térmica, equipamento que faz a leitura do calor no ambiente e é capaz de identificar focos de incêndio em espaços abertos e mesmo pessoas em áreas com pouca incidência de luz. Segundo sites especializados, uma câmera térmica com 30 hertz, como especificada no edital, pode custar até 12 mil euros (cerca de R$ 53 mil).
O edital também prevê necessidade de câmera com zoom ótico de 30 vezes, baterias e hélices extras, além de um tablet de pelo menos oito polegadas. O fornecedor ainda precisa disponibilizar um equipamento próprio ou alugado para treinamento de seis horas para até 20 policiais ou bombeiros, em Vitória.
Ao justificar o edital, a Sesp destacou, entre outras coisas, que drones são mais baratos que helicópteros, evitam a exposição de tripulantes em operações com risco elevado, permitem manobras em locais fechados e que a legislação permite a operação de RPAs pelo Corpo de Bombeiros.
"Atualmente (drones) têm sido usados em monitoramento em tempo real de ocorrências em solo, como incêndios estruturais e florestais, operações marítimas entre outras, subsidiando as decisões do comando da operação; registro em vídeo e foto de operações para usos posteriores diversos; busca de pessoas perdidas em mata, dentre vários outros serviços de relevância na área de salvamento", frisou o edital.
Apesar de ter feito o pregão para registro de preços, o secretário estadual de segurança pública, Nylton Rodrigues, afirmou que os equipamentos não foram e não serão comprados.
Não houve compra de drones alguma. Não houve e nem haverá. O que a Sesp fez foi o registro de uma ata de registro de preço que possibilita a compra do drone pelas instituições policiais, mas, essa compra não aconteceu, nenhum drone foi comprado. Agora, esse drone é um drone que foi referenciado pelo Corpo de Bombeiros, é um drone que não se tem a produção dele, é um drone de encomenda com vários acessórios e tecnologias de última geração para um trabalho de monitoramento do Corpo de Bombeiros, inclusive noturno. Então, não é um drone que se encontra em loja. É um drone que vem com vários acessórios, inclusive com um curso de capacitação para os bombeiros e policiais que operariam esse drone, mas, o drone não foi comprado, afirmou o secretário.
Com colaboração de José Carlos Schaeffer
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta